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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Joaquim Alexandre Rodrigues
Muitas pessoas regozijam-se pelo facto de Portugal não ter nenhum árbitro no Mundial do Catar. Esta situação, para estas pessoas, vem dar força aos seus argumentos de que os árbitros em Portugal são os piores e que a arbitragem é um mundo perverso e corrupto.
A verdade é que os adeptos anónimos desconhecem todo o processo de seleção de árbitros para uma competição destas e a cota do número de árbitros de que dispõe o continente europeu. Para os agentes desportivos e os que gravitam à volta do desporto, este desconhecimento denota incompetência e, muitas vezes, má-fé.
Estes agentes desportivos são os que vibram quando o Porto, o Sporting ou o Benfica (quando não é o clube deles) são eliminados das competições europeias. São os que criticam negativamente o selecionador Fernando Santos consoante a escolha que faz em relação a atletas dos seus clubes. São os que torcem contra o Manchester City por ter jogadores formados no Benfica, contra o Liverpool por ter o Luis Diaz ex- Porto, contra o Manchester United por ter Bruno Fernandes e Cristiano Ronaldo ex-Sporting. Fica-se mesmo na dúvida se, na verdade, torcem pelo seu clube ou antes contra os outros.
Ou seja, esta gente não gosta de desporto, não gosta de futebol. Esta gente não respeita a modalidade. Se quem não gosta tem o dever de respeitar, quem gosta muito mais. Atualmente, não se defende a modalidade e os seus agentes. O clubismo pacóvio está em crescendo e não conseguimos evoluir desportivamente. Os pavilhões e campos de futebol são um antro de desrespeito imensurável.
Quando são os próprios agentes desportivos (dirigentes, treinadores, atletas, jornalistas ou os que já exerceram estas funções) a desrespeitarem a modalidade, então é que está tudo mal. Muito mal. São pessoas com agendas próprias e muitas vezes ressabiadas. Este clima de ódio está a contagiar todas as outras modalidades.
Hoje já não se vê o jogo, mas assiste-se ao programa onde se debatem situações que não têm a ver com o mesmo. Irreal. Não se aprecia o jogo. Não se desfruta do espetáculo. Não se procura ser feliz, mas sim humilhar o outro.
As redes sociais são o espelho da sociedade e definem o caráter de quem escreve e não de quem mencionam. Ser independente não é fácil. Todos temos simpatia por algum clube, mas o que se está a viver em Portugal é um fanatismo a que muitos se agarram para dar algum sentido à vida.
É urgente parar e refletir. A formação académica ou o talento para jogar, arbitrar, escrever ou cantar não são garantias de educação e civismo. Há que redirecionar o nosso foco e empregar o nosso tempo e a nossa energia de forma útil e construtiva. Atualmente salienta-se a importância dos 3R para o ambiente (reduzir, revalorizar, reutilizar). Pois façamos o mesmo no desporto: reduzamos as críticas injuriosas, revalorizemos o respeito e reutilizemos o civismo. No final de contas, estaremos a ser e a formar cidadãos civilizados e respeitadores.
Vítor Santos
Embaixador do Plano Nacional de Ética no Desporto
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Raquel Costa, presidente da JSD Concelhia de Tarouca
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