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Felisberto Figueiredo
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João Brás
O presidente das Águas do Douro e Paiva (AdDP) diz que a empresa está pronta para o alargamento à região de Viseu e garante que tal medida não vai implicar uma subida das tarifas de abastecimento.
Numa entrevista dada ao Jornal de Notícias, António Borges diz que a extensão do sistema de abastecimento de água vai contribuir para “resolver problemas de escassez de água, mas também é uma oportunidade para melhorar os níveis de eficiência da empresa”.
António Borges garante ainda que a entrada de novos utilizadores nas Águas do Douro e Paiva não tem impacto na tarifa de água e que isso pode “representar um reforço da sustentabilidade” da empresa, prevendo um aumento do volume de negócios na ordem dos 14 por cento.
Segundo o gestor, para garantir o abastecimento à região de Viseu, as Águas do Douro e Paiva planeiam ligar o seu sistema de água ao de Fagilde, onde a Barragem serve os concelhos de Viseu, Mangualde, Nelas, Sátão e Penalva do Castelo. “É o mesmo princípio que expandiu a AdDP para os concelhos do Vale do Sousa. A origem no rio Douro, em Lever, tem uma capacidade de produção de pelo menos duas vezes e meia as atuais necessidades da região do Grande Porto e da região de Viseu somadas”, acrescenta.
Na mesma entrevista, António Borges sublinha que a empresa do grupo Águas de Portugal garante “um serviço público de alta qualidade, níveis de eficiência muito elevados e baixíssimas perdas de água na ordem dos 2%” e que a companhia pratica “uma das mais baixas tarifas de distribuição de água em alta, se não mesmo a mais baixa no país”.
Em março deste ano, a empresa foi autorizada pela tutela a investir a sul do Grande Porto, dando o pontapé de saída para o projeto de abastecimento de água na região de Viseu, com um investimento previsto de mais de 100 milhões de euros.
Desde 2022 que a Câmara de Viseu tem estado em negociações com a Águas do Douro e Paiva para distribuir em alta a água no concelho, em alternativa à Barragem de Fagilde.
Além de Viseu, a Águas do Douro e Paiva também pretende alargar a rede aos concelhos de Mangualde (cuja autarquia ainda não aceitou a solução), Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, São Pedro do Sul, Sátão, Vouzela e Vale de Cambra (este último no distrito de Aveiro).
Nova Barragem de Fagilde com investimento de 30 milhões de euros
Entretanto, o projeto da nova Barragem de Fagilde já foi anunciado pelo Governo, que prevê um investimento superior a 30 milhões de euros, mas também foi alvo de polémica entre as autarquias de Viseu e Mangualde.
O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas (PSD), assegurou que estão a ser dados “passos firmes” para que o cenário de falta de água em 2017 não se venha a repetir. Já em Mangualde, a autarquia governada pelo PS lembra que o anúncio público da nova barragem carece ainda de projeto de execução, modelo de financiamento, estudo de impacte ambiental, concurso, obra e, por fim, operação.
A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, prometeu fazer uma visita a Viseu para apresentar mais detalhes sobre o projeto. Essa visita estava prevista para acontecer a 21 de setembro, depois a 8 de novembro e agora, de acordo com a autarquia de Viseu, em dezembro.
Na altura, o presidente da Câmara de Mangualde, Marco Almeida, mostrou-se indignado pelo aproveitamento de um assunto que é supramunicipal.