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Há quem diga que o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita, mas os empresários da zona das diversões na Feira de São Mateus, confiam que o dito popular vá mesmo ser contrariado. Apesar de sentirem uma diminuição no negócio, confiam que com o evoluir do calendário, mesmo entrando em setembro, haja mais interessados na adrenalina e na fantasia daquela zona da guardiã das feiras populares.
É, na verdade, uma das áreas mais visitadas da Feira de São Mateus. Por ali passam milhares de pessoas por dia. Há quem prefira ficar de fora – longe, bem longe! – a ver os outros arriscarem as velocidades mais alucinantes. No entanto, a maioria de quem atravessa aqueles metros quadrados de cor e luz é para se aventurar num dos vários carrosséis. E há para todos os gostos e ‘coragens’. Catarina Amaral é a gestora da roda gigante da Feira. Este é, certamente, um dos carrosséis mais procurados. Não apenas pela dimensão e cor, mas pela vista da cidade e da feira que proporciona a quem circula no carrossel. A empresária não esconde sentir que este ano o negócio “está mais fraco”. Há seis anos com esta renovada roda gigante, Catarina Amaral garante ver famílias todas juntas ao longo do carrossel, nas subidas e nas descidas. A olhar já para o futuro, promete ficar até ao último dia da Feira Franca, o prolongamento da Feira de São Mateus. A organização e a autarquia vão permitir que o espaço da Feira de São Mateus seja mantido com as diversões e os outros comércios durante mais duas semanas até 21 de setembro. “Como não há um evento grande nessa altura, vamos aproveitar e ficar. Vamos ver como corre”, garante Catarina Amaral.
Ali ao lado está uma feirante que já vem a Viseu celebrar a cidade e São Mateus há quase quarenta anos. Generosa Amaral assegura que a Feira tem evoluído para melhor. “Os comerciantes têm hoje melhores condições”, garante. Por agora, o negócio corre “mais ou menos”. A feirante que é responsável por uma das diversões “menos arriscadas” do certame franco, diz que olhando ao que faturou em 2023 pela mesma altura, este ano o arranque não está a ser bom. “As coisas estão mais caras e as pessoas não gastam tanto”, sublinha.
A comerciante lembra que está à frente de uma diversão para toda a família, mas, lamenta que, mesmo assim, o negócio não esteja a correr de feição. “Esta é uma diversão para o pai, para a mãe, para o avô, para a tia. Vem toda a gente. Noto que as pessoas fazem menos viagens. Em vez de andarem mais vezes, andam uma ou duas e vão embora”, relata. Generosa Amaral acrescenta que, nos dias em que se paga para entrar na Feira, “vemos logo que o negócio diminui”, mas assegura que a redução de pessoas nos carrosséis é algo que tem vindo a notar em todo o país. Até 21 de setembro promete ficar por Viseu. “Vamos ver se compensa”, diz, esperançosa.
Não há certeza de que compense, mas nesta zona da Feira confia-se na sorte. Como que no stand de Adriana. A jovem comerciante gere um dos famosos espaços de pontaria na Feira de São Mateus. A esse propósito, a feirense garante que em Viseu a pontaria “continua boa”. “Até as crianças têm pontaria aqui”, diz, entre sorrisos. Mas nem tudo começou bem e o arranque não foi famoso. “O ano passado a Feira começou mais tarde. Se calhar as pessoas marcaram as férias para a mesma altura. Como este ano começou mais cedo, pode ter sido por aí”, explica. “Vou ficar até dia 21 de setembro para conseguir ganhar para os gastos que estou a ter”, revela.
Noutro stand que junta famílias inteiras e grupos de amigos está Sérgio Peixoto. O empresário é responsável pelos matraquilhos da Feira. Também aqui houve poucas pessoas no arranque do certame. “A segunda semana correu melhor. Os primeiros três dias de Feira foram maus. A partir de dia 3 de agosto houve mais negócio. Não sei se teve a ver com alguns emigrantes não estarem ainda em Portugal”, afirma. Por ali podem estar oitenta pessoas a jogar. “Passa por aqui muita gente”, sublinha. Sérgio Peixoto defende que a Feira de São Mateus é especial “porque dura muito tempo e é muito antiga”.