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O presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, exige ao Governo que declare estado de calamidade para o concelho face à situação provocada pelo mau tempo dos últimos dias.
Segundo o autarca, a maioria das plantações agrícolas do concelho foram dizimadas pelo temporal. Tondela foi também uma das regiões mais atingidas pelos prejuízos que surgiram nas vinhas do Dão.
Numa carta enviada à ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, o presidente da Câmara de Tondela falou da “extrema violência e severidade” das condições meteorológicas que surgiram no passado sábado (12 de junho) e que afetaram “com uma força indescritível” grande parte do concelho.
“As rajadas de vento, trovoada e granizo, a que se associou uma inquantificável carga de água, constituíram uma força de destruição que dizimou a generalidade das plantações agrícolas, muitas de agricultura familiar, com especial incidência nos pomares e nas vinhas”, descreveu.
José António Jesus sublinhou os “impactos sociais e económicos negativos” que a intempérie provocou no setor da vinha e do vinho e alertou para a necessidade de serem dados apoios aos produtores atingidos pelo mau tempo.
“Interpretando o sentimento de fragilidade que estes produtores agrícolas estão a viver, a ausência de estrutura económica que assegure a perca sentida e os inevitáveis investimentos visando a reestruturação das suas plantações, venho solicitar a instrução do Estado de Calamidade visando a atribuição de apoios públicos tão justos e necessários”, pediu o autarca.
Segundo a Câmara de Tondela, o mau tempo também causou vários danos em equipamentos, habitações e viaturas, além de inundações e quedas de árvores no concelho.