Autárquicas: autarca de Sernancelhe quer fechar ciclo com o terceiro mandato
O presidente da Câmara de Sernancelhe disse que é o “candidato natural” a um terceiro mandato, pelo PSD, uma vez que sempre assumiu que queria um compromisso para 12 anos.
“Quando me candidatei há oito anos assumi desde sempre que queria um compromisso para 12 anos com o povo de Sernancelhe e, como o assumo desde a primeira hora, sou naturalmente recandidato à presidência da Câmara”, afirmou Carlos Santiago.
Sem adiantar que projetos tem para os próximos quatro anos, o atual presidente da autarquia disse que o objetivo é “continuar a consolidar o concelho, essencialmente na valorização económica”, para atrair pessoas.
“Temos construído a zona industrial e temos conseguido a captação de empresas para o território. Também temos conseguido fixar gente, não só atrair os emigrantes para voltarem, como para se fixarem de forma que o concelho fique mais dinâmico”, disse.
Carlos Santiago não escondeu o apreço pelos emigrantes, também ele filho de uma família que trabalhava na Alemanha, país que o viu nascer, e o desejo do regresso com investimentos em Sernancelhe.
“Porque, acima de tudo, são postos de trabalho que se criam e pessoas que se fixam no concelho”, um dado que Carlos Santiago espera ver já espelhado no resultado dos Censos 2021.
“Estamos empenhados e vamos continuar a trabalhar na fixação dos jovens no concelho. Acho que estamos a conseguir fazer esse trabalho e vamos esperar que o resultado seja, no mínimo, agradável, no meio desta preocupação que o interior tem”, disse.
E é no interior que quer fazer a diferença ao insistir no objetivo de querer “continuar a consolidar Sernancelhe como um território do interior profundo, mas a querer fazer parte do futuro de Portugal”.
Carlos Silva Santiago, professor do ensino básico de formação mas com grande parte da sua vida dedicada ao trabalho autárquico, foi vereador da Cultura, Educação, Ação Social e Turismo e também vice-presidente, entre 2002 e 2013, ano em que conquistou a presidência pela primeira vez.
A sua primeira experiência na política surgiu em 1998, como presidente da Assembleia da Freguesia de Carregal, onde residia após o regresso da Alemanha e onde esteve até 2002, ano em que foi para a Câmara.
Em 2013, quando assumiu o primeiro mandato pelo PSD, a Câmara ficou com três vereadores sociais-democratas e dois na oposição socialista e, em 2017, na segunda vitória, alcançou quatro mandatos, ficando o PS com um lugar.
Hoje, com 44 anos, casado e pai de duas filhas, assumiu que não tem nenhum objetivo concreto para as eleições autárquicas deste ano, a não ser “apenas o objetivo de ganhar” as eleições, que deverão acontecer, por lei, em setembro ou outubro.
À Câmara de Sernancelhe nestas eleições, além do atual presidente, também concorre Gonçalo Santos, pela CDU, único nome para já anunciado.