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Não está fácil o entendimento entre o PSD quanto ao candidato para as eleições autárquicas de 2025 em Mangualde. A Comissão Política Distrital anunciou novamente João Lopes como o nome escolhido. A Comissão Política de Secção de Mangualde volta afirmar que o candidato é Sobral Abrantes e desafia a Distrital a apresentar a deliberação do órgão que legitima a escolha de João Lopes. No PSD de Mangualde, diz-se ainda que Comissão Política Distrital deixa de ter condições políticas para se manter em funções, devido “à constante violação dos estatutos e boicote no regulamentar desempenho da Comissão Política de Secção”.
No início desta semana, a Comissão Política Distrital, liderada por Carlos Silva Santiago, anunciou que o Partido “ciente dos inúmeros e difíceis desafios que o concelho de Mangualde tem pela frente”, apresenta João Fernando de Albuquerque Lopes como candidato. “O convite, que partiu da Comissão Política de Secção de Mangualde, corroborada pela Comissão Política Distrital e pela coordenação nacional autárquica do PSD, demonstra bem a pluralidade e a necessidade que os partidos políticos têm de ser cada vez mais abrangentes e inclusivos, abrindo as suas portas à sociedade, lutando por causas essências para o progresso e desenvolvimento de Mangualde”, lê-se ainda no comunicado.
Ora, a Comissão de Secção, recentemente eleita num ato que ficou marcado pela polémica, nega a “corroboração”, repudia a imposição do candidato por parte da Comissão Política Distrital e lamenta que a mesma “não se paute pela verdade e pelo cumprimento estatutário”. “A Comissão Política Distrital apenas conhece um nome indicado por Mangualde, por deliberação, para liderar uma candidatura à Câmara Municipal de Mangualde: Sobral Abrantes”.
“Perante tamanha imposição ditatorial, sem apoio dos militantes de Mangualde, verificamos que a Comissão Política Distrital, sem iniciativa, anda de comunicado em comunicado, atrás do prejuízo a tentar, uma e outra vez, enganar os mangualdenses com afirmações que não correspondem à verdade”, afirma Jorge Santos, presidente da Comissão de Secção.
O social-democrata desafia a Distrital para que seja reposta a verdade e diz tratar-se de “uma falta de respeito” para com os militantes de Mangualde que “apenas são solicitados para colaborar em candidaturas pessoais parlamentares e distritais, não tendo voz ativa na escolha do candidato da sua terra”.
“Jamais nos calaremos e compactuaremos com tamanha falsidade e injustiça, prezando sempre pela vontade dos militantes, que se manifestaram de forma massiva e esclarecedora (mais de 200 militantes), no dia de ontem (dia 6 de outubro), quanto ao apoio e à escolha do candidato para Mangualde”, acrescenta.
Já em maio, o PSD avançou com o nome de João Lopes, mas a Secção de Mangualde queria avançar com Sobral Abrantes. Na altura, ao Jornal do Centro, Carlos Silva Santiago assegurava que a escolha estava feita. Agora, no anúncio, diz que a equipa acredita “no poder da união e na força superadora de uma genuína comunidade que trabalha infatigável e coletivamente para o objetivo comum: um futuro com novos horizontes, mais pródigo e de real qualidade para todos os mangualdenses”.
Em junho a Comissão Política de Secção foi a votos, ato que também acabou por gerar polémica com os procedimentos de entrega das listas. A Mesa da Assembleia não aceitou uma das listas que apoiava João Lopes. O ato eleitoral foi impugnado e o caso seguiu para o Conselho de Jurisdição.
O PSD quer retirar a hegemonia ao PS no município que é atualmente liderado por Marco Almeida. Em 2021, o PS venceu as autárquicas com 54,82 por cento dos votos, enquanto que o PSD obteve 25,67 por cento. A última vez que o PSD esteve no poder em Mangualde foi em 2005.