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O Bloco de Esquerda deixou esta manhã na Assembleia Municipal de Viseu quatro medidas para a autarquia “valorizar” a dinâmica cultural do concelho, sublinhando que o futuro centro de artes e espetáculos não pode ser a única estratégia do município. Estrutura que o presidente da Câmara voltou a afirmar que vai ser feita para “dignificar o concelho”.
“Os agentes culturais de Viseu não podem continuar na incerteza sobre o peso para o seu futuro do investimento massivo na construção do Centro de Artes de Viseu (CAEVIS), quando não só continua por assentar a primeira pedra, como por conhecer o projeto artístico para dar vida ao espaço, assim como a relação que terá com o concelho e com a sua dinâmica cultural”, disse Carolina Gomes na sua intervenção.
Para a bloquista são precisos mais esclarecimentos. “Será um espaço para acolher grandes espetáculos importados ou permitirá dar resposta às lacunas sentidas pelos agentes culturais vivos de Viseu? Será apenas um palco para produtos acabados, ou apoiará a criação? Será uma alavanca à divulgação da diversidade artística local, ou absorverá toda a comunicação cultural?”, questionou.
O projeto para o centro de artes de Viseu é um “sonho” antigo de Fernando Ruas. O autarca queria avançar com o equipamento antes de ter deixado a autarquia em 2013, mas a recusa do Tribunal de Contas “travou” a pretensão. De regresso ao município, Fernando Ruas voltou a pegar na ideia e o projeto foi remodelado e atualizado, no valor de 600 mil euros. Segundo o autarca, o centro de artes, a ser construído junto ao Tribunal Judicial na Avenida da Europa, não será apenas uma sala de espetáculos. “Queremos uma estrutura polivalente para ter vida durante todo o ano”, disse aquando da retoma do projeto.
Já sobre as quatro medidas, Carolina Gomes apelou à constituição de um conselho municipal da cultura que inclua todos os agentes culturais do concelho, à realização de um mapeamento cultural que contemple o levantamento dos espaços existentes para apresentação e apoio à criação e o desenvolvimento de soluções para a falta de espaços, desde o armazenamento de materiais ao ensaio. Pediu ainda o aumento da verba atribuída ao Viseu Cultura (apoio aos agentes culturais através de concurso), que, frisou, é a mesma desde 2022.
Na resposta, o presidente da Câmara de Viseu voltou a reafirmar que a cultura em Viseu precisa, efetivamente, de espaços e que o centro de artes é “para ser feito”. “Faremos as duas coisas, criar os espaços e continuar a apoiar os nossos agentes culturais”, sustentou Fernando Ruas.