(i) Esta semana santa está a ser molhada, fria e ventosa. Nas redes sociais multiplicam-se fotografias com a neve que caiu nos pontos altos e menos altos do Caramulo, do Montemuro, da Gralheira, da Arada, as nossas montanhas, os nossos pomares de “aventoínhas” a rodar, a rodar, uma riqueza em megawatts.
(ii) No dia 31 de Março de 1974, faz depois-de-amanhã exactamente 50 anos, Marcello Caetano foi ovacionado em pé por milhares de pessoas no Estádio José Alvalade. O regime parecia de pedra e cal. Parecia, mas não estava. O homem só se aguentou mais 25 dias.
(iii) A melhor notícia celebratória dos 50 anos do 25 de Abril foi a abstenção ter diminuído, foi desta vez terem votado mais 910.292 portugueses do que em 2022.
(iv) A segunda melhor notícia celebratória dos 50 anos do 25 de Abril foi ter havido um excedente orçamental de 3194 milhões de euros (1,2% do PIB). Finalmente, uma política não inimiga do futuro. É que, convém não esquecer, toda a dívida pública no presente é impostos no futuro.
(v) Em matéria de dinheiros públicos, os governos de António Costa foram capazes do melhor (a descida da dívida pública) e foram capazes do pior (os 400 milhões de euros enterrados na Efacec).
(vi) O PS pós-Costa ainda não sabe o que fazer à herança do ex-primeiro-ministro. A nível nacional, para já, ainda só há resmungos sobre “o excesso do excedente” e sobre os cofres atulhados deixados para a direita. A nível local, para já, ainda só há resmungos sobre as asneiras dos chefes das concelhias e das distritais.
(vii) O anunciado cabeça de lista do Chega ao Parlamento Europeu, o embaixador António Tânger Corrêa, é contra os ucranianos e a favor dos russos. As ultra-direitas europeias estão sintonizadas. Ventura, Abascal, Salvini, Orbán, Le Pen, Chrupalla e Weidel, todos contra Ursula von der Leyen, todos a trabalharem para Vladimir Putin.
