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Branca e Paulo Ferreira são naturais de Viseu. Ela tem 50 anos, ele 53. Ambos têm mais de 30 anos de emigração. Foi aos 18 anos que deixaram o país natal rumo à Suíça, onde conheceram e casaram.
Branca emigrou porque não tinha emprego em Portugal. Esteve três anos em terras helvéticas a cuidar de crianças e depois mudou-se para o Luxemburgo, onde trabalhou num hotel. Entretanto, com 23 anos, voltou para a Suíça porque não gostava do país localizado no centro da Europa, dedicando-se às limpezas.
Já Paulo abandonou Portugal para procurar “uma vida melhor”. Radicou-se na cidade suíça de Neuchâtel, onde já tinha família.
Foi lá que conheceu a mulher da sua vida, Branca, com quem teve uma filha que, entretanto deixou a Suíça, para estudar na terra dos pais, Viseu.
Em Portugal, trabalhou numa fábrica e numa oficina. Quando chegou a Neuchâtel, trabalhou num restaurante e numa empresa de limpezas. Depois foi obrigado a regressar ao nosso país, para cumprir o serviço militar obrigatório, tendo voltado a seguir para a cidade suíça, onde primeiro esteve empregado como jardineiro. Depois foi para a fábrica de autocolantes onde trabalha atualmente.
Branca conta que gostou “bastante de emigrar”. Garante que não teve “dificuldades” em adaptar-se. “Continuo feliz por estar fora”, salienta.
Já para Paulo “a mudança e a adaptação foram difíceis”. “Custou-me deixar Portugal para ir para fora. Ainda não mudei de opinião porque nunca me consegui adaptar ao facto de deixar o meu país”, revela, acrescentando que se sentiu discriminado e alvo de racismo por ser emigrante. A mulher tem uma experiência diferente.
Na Suíça ambos realçam como ponto mais positivo os ordenados que auferem. Branca só não gosta do clima e da gastronomia. Paulo delicia-se com o chocolate e também não é “grande fã” do tempo. Aponta ainda o dedo a alguns conterrâneos e ao estilo de vida mais fechado da Suíça.
O casal tenta visitar Portugal sempre que pode. Querem regressar “o mais rápido possível”.
A família, a comida, o clima, a sua casa. Sentem falta de tudo. Para matar saudades vão espreitando algumas fotografias que têm sempre consigo.