Cesário lidera Comissão Parlamentar de Negócios com os deputados Elza Pais (PS) e João Tilly (Chega) eleitos por Viseu

O novo presidente da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, José Cesário (PSD), considerou hoje que se trata de uma missão difícil e assumiu como prioridade a criação de consensos. 

“É uma honra muito grande”, disse à Lusa o ex-secretário de Estado das Comunidades, indicando que este cargo é, a nível protocolar, “o mais importante” que já desempenhou.

Cesário, que entrou no parlamento em 1983 como deputado e foi secretário de Estado das Comunidades em quatro governos, incluindo no primeiro executivo de Luís Montenegro (PSD-CDS/PP), não foi reconduzido agora no cargo, inserido no Ministério dos Negócios Estrangeiros, chefiado por Paulo Rangel.

Numa mensagem publicada nas redes sociais, o deputado social-democrata admitiu que terá pela frente “uma missão difícil no plano da direção dos trabalhos de uma comissão responsável pelo acompanhamento e avaliação da política externa, das medidas nas áreas das comunidades portuguesas, da cooperação e da ajuda ao desenvolvimento e no processo de tramitação de acordos internacionais”.

A comissão realiza audiências regulares e por proposta dos grupos parlamentares ao ministro dos Negócios Estrangeiros e aos secretários de Estado das Comunidades e dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, e José Cesário disse acreditar que a experiência governativa facilitará a tarefa. 

“Compreendo muito bem o que é estar no parlamento e o que é estar no governo”, comentou à Lusa.

O deputado assumiu como prioridades a “criação de consensos” na direção da comissão e procurar “garantir um grande diálogo com as diferentes forças parlamentares”. 

A comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas terá como vice-presidentes Elza Pais (PS) e João Tilly (Chega).

Questionado sobre se os consensos são hoje mais difíceis, no atual quadro parlamentar, Cesário defendeu que “só falando é que as pessoas se entendem”.

“Representamos todos os portugueses, independentemente de votarem mais à esquerda ou mais à direita”, salientou.