Coesão territorial sem portagens!

A partir de hoje, quando o/a leitor/a cruzar os pórticos da A25 ou da A24 para chegar ou sair de Viseu, deixará de ter o encargo que há 13 anos lhe pesa na consciência e na carteira: o encargo das portagens. O mesmo acontecerá noutras ligações importantes para a conectividade do nosso concelho e da nossa região, em perfil de autoestrada, como a A4, o túnel do Marão e a A23 (na Beira Interior).
A abolição das portagens nestas ligações do Interior do país é uma causa justa que tardava em concretizar. Uma causa que se explica por razões de justiça territorial, competitividade económica e ausência real de alternativas seguras de mobilidade.
Bati-me por esta medida enquanto autarca e enquanto deputado. E, pelas mesmas razões, não hesitei em defendê-la, na Assembleia da República, em sentido contrário à posição do Partido e da bancada parlamentar que suportam o atual Governo. (Ainda hoje há razões que a Razão desconhece!)
A Política precisa de realizações concretas e precisa de suscitar esperança.A abolição das portagens na A25 e A24 é uma dessas realizações concretas e uma medida que pode fazer o cidadão comum sentir que, nos centros de decisão, alguém se importa consigo, não importa quanto valha o seu círculo eleitoral nas contas do poder.
A coesão territorial não pode ser um chavão de discursos decorativos e vãos, que se tornam indiferentes à força de tanto se repetirem. Tem de ser causa e lema. Viseu tem, na sua região, uma especial responsabilidade: a de ser voz regional, fator de unidade territorial e alavanca de desenvolvimento económico, social e cultural.
2025 traz consigo um novo ciclo autárquico e desafia-nos a voltarmos a acreditar no nosso futuro coletivo, a acreditarmos outra vez no que somos e no que queremos vir a ser. O novo ano é a oportunidade para virarmos uma página sobre o conformismo, a desistência, o desencanto ou o medo. Um convite a fazermos mais e sobretudo melhor, por todos.
Desejo-lhe a si e a toda a comunidade de Viseu um feliz 2025!