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Raquel Costa, presidente da JSD Concelhia de Tarouca
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Joaquim Alexandre Rodrigues
Considerada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) uma pandemia, a Diabetes Mellitus é uma doença crónica, complexa e cuja prevalência tem vindo a aumentar.
Portugal é o quinto país da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) com maior prevalência de diabetes. E, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que, em 2045, existam 700 milhões de pessoas com diabetes em todo o mundo.
Por ser frequentemente silenciosa até fases tardias, grande proporção dos doentes já tem complicações aquando do diagnóstico, ou é mesmo diagnosticada no seu contexto, acarretando um risco aumentado de morte prematura e menor qualidade de vida.
A Diabetes é uma doença metabólica com complicações que podem afetar diversos órgãos, como os rins, olhos, coração, entre outros. Exige conhecimentos constantemente atualizados e uma atuação profissional multidisciplinar dedicada, no sentido de promover o melhor controlo metabólico e das eventuais comorbilidades; e de evitar e/ou identificar precocemente possíveis complicações, atrasando a sua evolução e orientando o seu tratamento. Consoante as necessidades de saúde específicas, pode ser necessário o acompanhamento por diferentes especialidades, como é o caso da Podologia, Oftalmologia, Nefrologia, Cardiologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Vascular, Ortopedia, Psiquiatria, Psicologia ou Urologia.
O fator independente que melhor se correlaciona com o risco de desenvolver complicações da diabetes ao longo da vida é o controlo metabólico, sendo esse risco menor quanto melhor o controlo metabólico, e quanto mais precoce e sustentadamente no tempo for alcançado. Para um bom controlo adjuvam a consulta médica, o acompanhamento por profissional de nutrição e equipa de enfermagem, e a capacitação no âmbito da educação terapêutica, envolvendo a pessoa na gestão da doença sempre que possível. Associadamente, o controlo das comorbilidades é também importante para diminuir o risco de complicações. Para além disso, a identificação precoce das primeiras manifestações de algumas das complicações mencionadas permite atuar no sentido de medicar e eventualmente referenciar atempadamente ao profissional mais diferenciado na área em questão para tratar e/ou atrasar a evolução das mesmas.
Todas as pessoas com diabetes precisam e merecem cuidados dedicados e diferenciados, de excelência. Neste sentido, e com o objetivo de prestar uma resposta diferenciada à população e ampliar a oferta existente na região, o Hospital CUF Viseu criou a Unidade de Diabetes, que conta com uma equipa dedicada de profissionais de todas as especialidades envolvidas na avaliação, tratamento e acompanhamento do doente com diabetes.
A formação de uma equipa dedicada e diferenciada nos cuidados à pessoa com diabetes, para além de naturalmente garantir a melhor prática técnica e científica, procura assegurar um acompanhamento holístico da gestão desta doença crónica que tanto pode interferir com o quotidiano de quem vive com ela. Há que identificar as dificuldades reais do dia-a-dia, ensinar, verificar, reinventar soluções adaptadas à realidade de cada um, e isso só é possível com tempo e dedicação, com uma relação que se cria e se prolonga no tempo, com trabalho de equipa centrado no doente e com objetivos individualizados. E em cada melhoria conseguida, são menos complicações que vamos ter amanhã, menos mortes prematuras, melhor qualidade de vida: essa é a mais valia para tantos portugueses vítimas desta pandemia.
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Raquel Costa, presidente da JSD Concelhia de Tarouca
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Helena Carvalho Pereira
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José Carreira