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Hamilton Costa está em Portugal 41 anos. Natural de Roça Santa Catarina, em São Tomé e Príncipe, chegou com os pais quando tinha apenas quatro anos. Viveu durante um ano em Lisboa e depois mudou-se para Viseu, cidade que nunca mais abandonou.
“O meu avô paterno era de Tondelinha de Orgens e os meus pais vieram atrás de melhores oportunidades de trabalho e de vida”, conta.
Hamilton fez-se homem em Portugal. Da viagem para o nosso país e da mudança pouco se lembra. Recorda, no entanto, a diferença que sentiu no inverno. Quando era mais jovem diz que sofreu de “bullying por vir de África, mas não foi nada de mais”, garante.
Foi militar no exército durante dez anos e depois segurança privado, profissão que exerceu durante 25 anos. Com a pandemia ficou desempregado, mas não baixou os braços.
A Covid-19 levou-o a criar uma empresa, a Bamu Non? Viagens de Ecoturismo e Voluntariado em São Tomé e Príncipe. Organiza e acompanha grupos de aventureiros que pretendam conhecer a sua ilha e desenvolver algumas ações de voluntariado.
Hamilton é fundador da Associação Ajudar a Amparar os Príncipes de África. Depois de sair do exército, em 2006, começou a deslocar-se com regularidade ao país natal para oferecer ajuda aos mais necessitados.
“Comecei por levar uma mala de bens para doar e com o passar dos anos comecei a enviar entre 10 a 20 toneladas de bens por ano. Bens esses que são entregues por mim às famílias, comunidades, organizações que já tenho referenciadas ao longo destes anos”, explica.
O empresário e voluntário está nesta altura a ponderar a suspensão da recolha e oferta de materiais para ajudar quem mais precisa.
“Estou a pensar em parar porque o valor do transporte marítimo tem aumentado muito e a angariação do dinheiro necessário para pagar o envio e desalfandegamento tem sido muitíssimo difícil”, justifica.
Hamilton Costa diz que se sente como o Marco Paulo, que numa canção diz ter dois amores.
“Estou na minha terra, mas sempre que aterro em São Tomé sinto que cheguei a casa. Mas neste momento não conseguia morar fora de Viseu”, adianta, salientando adorar a cidade de Viriato e Portugal.
“Não digo que seja uma cidade e um país perfeitos. Viseu só precisa de mais oportunidades de emprego e assim de repente, não tenho nada de menos bom a dizer”, conclui.