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O presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) alertou hoje que já se começam a registar problemas com os docentes no ensino superior fruto do envelhecimento da classe, sistema de avaliação e perda de poder de compra.
“Os problemas com os docentes do ensino superior também se vão registar, aliás já se estão a começar a registar, fruto de três fatores muito importantes: o primeiro é a perda do poder de compra, o segundo é o envelhecimento da classe e o terceiro é o sistema de avaliação”, disse à Lusa José Moreira.
O dirigente falava à Lusa no dia que se soube que quase 50 mil alunos conseguiram colocação na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, número que representa um aumento em relação ao ano passado.
O presidente do SNESup sublinhou que nos últimos 15 anos os docentes perderam mais de 30% do poder de compra, colocando-os numa situação muito complicada.
Além disso, o sindicalista apontou o envelhecimento da classe que, nos próximos anos, poderá ser colmatado com profissionais que vêm da investigação e que têm entre os 40 e 50 anos.
“Não sendo, por isso, exatamente jovens e uma solução de grande futuro”, frisou.
A par destes problemas, José Moreira destacou o sistema de avaliação e o facto dos docentes do ensino superior só progredirem nos escalões remuneratório quando têm seis anos seguidos de excelentes.
Dizendo que é a “única profissão no país” onde é preciso ter seis anos seguidos de excelentes, o sindicalista recordou que há professores que estão há 20 anos sem progressão.
“Isto é completamente injusto e obtuso. Portanto, era preciso acabar rapidamente com isto e temos esperança que este ministro dê um sinal político claro, pelo menos para já, desbloqueando esta questão das progressões remuneratórias”, considerou.
O presidente do SNESup ressalvou que os cursos mais procurados pelos alunos, que este ano foram os das engenharias, tecnologias e matemáticas, já começam a enfrentar algumas dificuldades.
“Já começamos a ter dificuldade em contratar docentes para estas áreas porque são áreas altamente competitivas e em que os profissionais são muito bem pagos e o ensino superior já não está a ter capacidade para acompanhar os salários que têm noutros setores, seja dentro ou fora do país, e isto vai continuar a agravar-se”, entendeu.
Na sua opinião, o modelo de salários baixos está a ter sérios custos.
E, isso, leva a que as pessoas com formação superior procurem uma oportunidade fora do país “nem sempre por opção, mas porque não têm outra solução”.
Segundo José Moreira, o ensino superior português é reconhecido lá fora, motivo pelo qual os diplomados não têm dificuldade em arranjar trabalho fora do país.