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Eu pecador me confesso – A balada dos intransigentes

 Eu pecador me confesso - A balada dos intransigentes
01.04.21
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Tempos difíceis para os que diariamente têm que se confrontar com uma espécie de nave dos loucos agora apodados de intransigentes. É verdade que esta espécie apareceu recentemente e tem vindo a conquistar palco em vários órgãos de informação com mais incidência nos de maior visibilidade nomeadamente a televisão. O que se estranha é que gente aparentemente com juízo se envolva em contestações de rua protestando contra o uso da máscara profilática protectora contra o vírus causador da terrível pandemia que nos afecta a nós e ao mundo. Muitos cidadãos com dez reis de testa interrogam-se sobre as motivações desta gente que parecendo intransigente contra o uso de máscaras são também contra tudo que mexe e não se encaixa na sua ideologia.
Muitos responsáveis pela comunicação social chamam-lhes intransigentes, mas melhor seria etiqueta-los de egoístas. Alguns estão dentro dos padrões que designamos como possuidores de instrução mas na verdade constata-se que não assimilaram os princípios exigidos por uma sociedade civilizada que lhes permita viver no seu seio.
A este propósito nunca esquecerei o conselho que Dale Carnegie há muitos nos transmitiu e que rezava assim: “Se queres colher o mel não dês pontapés na colmeia”, “correspondendo ao nosso aforismo popular “ quem não quer ser urso não lhe veste a pele”.
Mas o que mais me intriga no comportamento dos intransigentes é saber que morrem aos milhares os que não se defendem da corona vírus. Será porque já somos muitos em todo mundo, como referiu Andrew Marr no seu livro História do Mundo “A população que que hoje temos é provavelmente demasiado numerosa para que o planeta a suporte por muito mais tempo, embora isso dependa de como decidirmos viver”.
Os intransigentes podem não ter medo de morrer porque, com diz Marr, já não cabem neste mundo. Mas como não podem levar com eles os que querem continuar a viver neste e a beneficiar do desenvolvimento técnico-científico que a humanidade atingiu, não cumprem as regras impostas. Por isso sugiro-lhes que vão brincar para outro planeta porque este prescinde de gente intransigente. Vão e deixem os transigentes em paz porque problemas no nosso País já têm mais que muitos.

 Eu pecador me confesso - A balada dos intransigentes

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