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Festival “Que jazz é este?” comemora décima edição com concertos ‘únicos’

 Festival “Que jazz é este?” comemora décima edição com concertos 'únicos'
16.05.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Festival “Que jazz é este?” comemora décima edição com concertos 'únicos'
13.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Festival “Que jazz é este?” comemora décima edição com concertos 'únicos'

O festival Que Jazz é Este assinala este ano 10 edições e para comemorar entre os dias 20 e 24 de julho a programação conta com 11 concertos para público em geral, cinco concertos em formato ambulante na rua, cinco concertos ao domicílio, três jam sessions, uma exposição, 20 horas de rádio ao vivo e cinco sessões de inema musicado ao vivo.

Organizado pela associação Gira Sol Azul, este Festival, e ao fim de dez anos, resulta “ do encontro de jovens naturais ou residentes fora dos grandes centros de formação e produção cultural mas com a vontade comum de fazer, criar, experimentar e partilhar mantendo-se em constante aprendizagem e aperfeiçoamento”

Os concertos estão desenhados em três blocos de programação dirigidos a públicos diversos mas contamináveis entre si e distribuídos por três horários: 17h, 19h e 21h30. “A par de integrar o trabalho que é desenvolvido localmente e que pretende deixar marcas, a programação do festival pretende colocar a região no mapa incluindo concertos únicos, dando também continuidade ao trabalho de proximidade com músicos em formação e integrando bandas de artistas emergentes”, assinala a organização na apresentação do evento.

Ana Bento avançou que “o grande regresso ao Parque Aquilino Ribeiro”, que sempre foi “o coração do festival”, acontecerá no dia 21, com um concerto que junta o Coletivo Gira Sol Azul (que integra músicos da região ou com relações a Viseu) ao pianista de jazz britânico Jason Rebello e à cantora e multi-instrumentista Sumudu, de Londres.
Referiu ainda que o festival arranca no dia 20, com “um concerto único e especial” que junta o Combo Jazz da Gira Sol Azul (grupo de jovens músicos da associação) e o conjunto viseense Smoke Hills, no âmbito de uma parceria com o Carmo81.

Joaquim Rodrigues, também da Gira Sol Azul, lembrou que todos os anos o Coletivo Gira Sol Azul se expõe a tocar com músicos que não conhecem.
“A maior parte das vezes partimos do zero. Temos tido a felicidade de [os concertos] terem corrido todos bem”, frisou.
O responsável explicou que este concerto acontece no âmbito de uma míni-residência artística e lembrou que o festival partiu precisamente dos ‘workshops’ de jazz que se começaram a realizar anos antes.

Mais antigo do que o festival, o Workshop de Jazz de Viseu vai este ano para a sua 14º edição, propondo três dias de trabalho intenso orientado por Jason Rebello e Xose Miguélez (Espanha) e, posteriormente, a apresentação em palco do resultado.
“Em termos de formação, é algo que enriquece imenso os músicos e os estudantes de música. Catorze anos depois da primeira edição, continuamos a achar que não temos este tipo de oferta, nem em Viseu, nem perto”, disse Ana Bento, sublinhando a mais-valia de reunir, num mesmo ambiente, “pessoas de níveis tão diferentes, mas que têm coisas a aprender”, desde alunos de música, a músicos profissionais.

Pelo Parque Aquilino Ribeiro passarão ainda José James (Estados Unidos da América), Spinifex (Países Baixos) e Karyna Gomes (Guiné-Bissau).
A Casa do Miradouro acolherá os projetos Peixe Boi e Garfo, que têm sido aclamados pela crítica nacional, Manuel Linhares (Porta Jazz) irá apresenta-se no Teatro Viriato e o Miguel Valente Quarteto poderá ser ouvido na Pousada de Viseu.

Ana Bento acrescentou que se manterão as rubricas Jazz na Rua e Jazz ao Domicílio, com jovens de escolas profissionais de música da região a espalharem música pela cidade, levando-a a toda a gente, inclusive a pessoas que estão institucionalizadas.
“Há uma série de pessoas que continuam a ficar sempre à margem e se, nós não formos ter com elas, elas ficam no seu canto e não veem”, considerou.

No Carmo81 ficará patente a exposição “Que Jazz é este? Pré-história e 10 anos de história”, que relembra projetos das últimas décadas.

Já a Rádio Rosio emite a partir da sua caravana e da Rádio Jornal do Centro programas especialmente concebidos para o festival. Este ano, as manhãs estão sob o comando de radialistas de rádios locais como Carlos Eduardo Esteves, e as tardes com Rui Miguel Abreu (Rimas e Batidas) e Ricardo Ramos (Viseu Demo Tapes).

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