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A Diocese de Viseu celebrou recentemente a Profissão Solene de Votos da Irmã Inês Isabel de Maria Imaculada, de 26 anos, natural de Torres Vedras. A cerimónia, presidida pelo Bispo de Viseu, D. António Luciano, decorreu no Mosteiro de Santa Beatriz da Silva, no Viso Norte, onde a Irmã Inês reside como parte da Ordem da Imaculada Conceição.
A Irmã Inês Imaculada assumiu os votos de obediência, pobreza, castidade e clausura, que consagram a sua vida à oração e ao serviço da Igreja. “Dei o meu sim definitivo a Deus por meio da consagração de toda a minha vida”, afirmou a jovem, que estava rodeada de familiares, amigos e membros da sua paróquia de origem, S. Pedro da Cadeira, Diocese de Lisboa.
Desde cedo, a Irmã Inês esteve ligada à prática religiosa, participando na catequese e nos escuteiros. A experiência de preparação para o Crisma e a convivência com colegas de fé durante o ensino secundário despertaram-lhe a vontade de aprofundar a sua relação com Deus. Após uma visita a um mosteiro de irmãs contemplativas no Estoril, manifestou o desejo de experimentar a vida religiosa. Pouco depois, foi convidada a um encontro vocacional que a levou ao Mosteiro de Santa Beatriz da Silva, onde começou o seu percurso.
A celebração da Profissão Solene incluiu a prostração e a leitura dos votos nas mãos da Madre Abadessa, simbolizando o compromisso total da Irmã Inês. A jovem recebeu ainda um anel como sinal de desposório espiritual com Cristo.
Durante a homilia, o Bispo D. António Luciano destacou a importância da vida contemplativa e da dedicação religiosa em comunhão com a Igreja. Referiu ainda que o exemplo de Santa Beatriz da Silva serve de inspiração e fortalecimento para as irmãs.
Em entrevista ao Jornal do Centro, as Irmãs Concepcionistas explicaram que a Profissão de Votos Solenes representa um compromisso definitivo com a fé, com a jovem a dedicar-se à pobreza, castidade, obediência e clausura, que caracteriza a vida contemplativa da ordem. O voto de obediência implica a escuta da vontade de Deus e a total disponibilidade ao serviço da comunidade. A pobreza exige desapego dos bens materiais e uma entrega total a Cristo. Já a castidade representa uma dedicação exclusiva a Deus, enquanto a clausura simboliza o recolhimento necessário para a oração e a vida interior, permitindo à comunidade ser um testemunho de paz e esperança para o mundo.
A comunidade de Viseu, composta atualmente por 11 irmãs, acolheu recentemente mais duas jovens que também se dedicaram à vida religiosa, mostrando que o chamamento de Deus continua a ser uma realidade entre os jovens.