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Faltam oito dias para o início de uma das maiores romarias de Portugal. Em Lamego, a Nossa Senhora dos Remédios já faz parte da vida do Douro. Em contagem decrescente, já são muitos os expositores que começam a “pintar de cor” a Avenida Dr. Alfredo de Sousa.
Produtos bem típicos da região, como fumeiros, queijos, frutas, vinhos e licores são algumas das opções gastronómicas que os visitantes vão poder encontrar na “sala de visitas” da cidade de Lamego.
Também o artesanato marca presença em vários stands, com peças únicas produzidas por artesãos locais.
A estas propostas, junta-se a música com destaque para nomes como Calema, Quatro e Meia, Carolina Deslandes ou José Cid.
Mas a autenticidade da romaria comprova-se com as festas religiosas. O momento mais alto desta celebração é a grandiosa Procissão do Triunfo, realizada a 8 de setembro, na qual os andores ostentam imagens sagradas puxadas por juntas de bois, como manda a tradição. Nesta altura, as ruas ficam ricamente ornamentadas, ganhando uma nova dinâmica, onde a componente religiosa adquire toda a sua plenitude.
As festas culminam com uma fenomenal sessão de fogo pelos quatro cantos da cidade.
Curiosidades: Batalha das Flores
A grande novidade das Festas dos Remédios de 1914 foi a realização da primeira Batalha das Flores. Todos os carros foram feitos em Lamego e por lamecenses, estando em disputa um prémio para os mais bem artilhados. O desfile de carros alegóricos insere-se nas festividades da Nossa Senhora dos Remédios e todos os anos milhares de pessoas assistem ao momento.
Marcha Luminosa
A Marcha Luminosa surge em Lamego pela primeira vez no cartaz das Festas dos Remédios no ano de 1924. O evento foi inspirado nas Marchas Milanesas, realizando-se um pouco por todo o território nacional. Em Lamego, os carros eram criados por lamecenses inspirados nos temas da atualidade de então.
Uma Romaria com História
No local onde se encontra o Santuário da Nossa Senhora dos Remédios, o monte de Santo Estêvão, existiu outrora uma capela em honra deste Santo, construída em 1361. Tratava-se de um templo pequeno e modesto, mandado edificar pelo bispo da diocese, D. Durão. Em 1551, foi nomeado bispo de Lamego D. Manuel de Noronha que, para além de muitas obras existentes na cidade de Lamego, mandou erigir, no ano de 1568, a primeira capela em honra da Nossa Senhora dos Remédios, exatamente no monte de Santo Estêvão, e que hoje é designado por Pátio dos Reis.Mais tarde, em 1750, a Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios, na época liderada pelo Cónego José Pinto Teixeira, devido à degradação da capela seiscentista, mandou-a demolir e construir um magnificente Santuário. Esta obra foi concluída em 1761. Neste mesmo ano, iniciaram-se no novo espaço, os ofícios religiosos, mas somente em 1778 é que este Santuário foi inaugurado.
Desde 1984, o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, incluindo a escadaria e parque, está classificado como Imóvel de Interesse Público.
Nossa Senhora dos Remédios
Foi trazida para Portugal por religiosos franceses da Ordem Hospitalar da Santíssima Trindade, que estiveram em Lisboa no século XIII. Esta ordem, fundada com o objectivo de resgatar os cristãos cativos no Oriente, não dispunha de recursos financeiros para realizar o seu objectivo. Apareceu então Nossa Senhora aos seus fundadores, São João da Mata e São Félix de Valois, entregando-lhes uma bolsa cheia de dinheiro, concedendo-lhes de modo o “remédio” para o seu problema. Desde então a Vírgem ganhou o título de Nossa Senhora dos Remédios, tornando-se a padroeira desta ordem. Com a difusão desta devoção pela Europa, 900 mil prisioneiros foram libertados até ao século XVIII.