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Após a da Ecopista do Vouga, voltaram-se a ouvir vozes críticas contra a via. O Movimento Cívico pela Linha do Vouga (MCLV) expressou novamente a sua contestação face ao traçado construído no lugar do antigo corredor ferroviário, defendendo também o regresso do comboio a Viseu.
Para esta plataforma, a Ecopista do Vouga representa “a invasão de uma moda de circunstância e despesista, em total contradição com os objetivos nacionais de coesão territorial e descarbonização da economia”.
O MCLV também lembra que Viseu é a maior cidade europeia sem comboio. “Em 2024, Viseu será Cidade Europeia do Desporto, mas continuará a não ser servida pelo transporte ferroviário, embora se orgulhe de ter ‘a maior ecopista da Península Ibérica’, com mais de 120 quilómetros de extensão, construída precisamente em cima de dois canais ferroviários: os do Vouga e do Dão”, referem os ativistas.
O movimento critica também a forma como a Ecopista do Vouga foi desenvolvida ao longo dos anos, classificando-a como uma “circovia” e referindo que foram necessários “14 anos, 5,5 milhões de euros e 6 inaugurações para que esta manta de retalhos sem qualquer tipo de planeamento ou estudo prévio tanto de utilização, como de reabertura à exploração ferroviária, fosse concluída”.
“Sublinhamos que este investimento de 5,5 milhões de euros equivale ao investimento para a reabertura de 11 quilómetros da Via Estreita, o que significa que já foi gasto nesta ecopista o equivalente a ter reaberto a Linha do Vouga de Sernada do Vouga até Paradela, servindo diretamente a vila e sede de concelho de Sever do Vouga”, acrescenta os membros do MCLV.
Num comunicado recentemente divulgado nas redes sociais, o movimento defende a reposição do serviço ferroviário e considera que o comboio promove não apenas o “lazer através do pedestrianismo e do ciclismo, mas também do transporte sustentável de pessoas e mercadorias, melhoria da qualidade de vida, fomento da economia local, e fixação de habitantes neste território, algo que nenhuma ciclovia o fará”.
A Linha do Vouga, construída entre 1912 e 1914, tinha 80 quilómetros que ligavam Sernada do Vouga a Viseu. A ligação foi encerrada em 1990, tendo servido durante quase oito décadas os concelhos de Águeda, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga, Oliveira de Frades, São Pedro do Sul, Vouzela e Viseu.
A Ecopista do Vouga tem atualmente 66 quilómetros e foi construída na sua maioria sobre o antigo ramal ferroviário, atravessando Viseu, São Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades. Em Viseu, esta via tem ligação à Ecopista do Dão, que atravessa os concelhos de Tondela e Santa Comba Dão.
No mesmo dia em que foi inaugurada (6 de outubro), houve também uma manifestação que juntou cerca de uma centena de pessoas contra o atual traçado. Os populares Viseu: População de Moselos e Vila Nova do Campo contra o traçado da Ecopista do Vouga, que é agora um dos pontos da infraestrutura.