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‘Não me apanham n’outra’ com Tozé Marreco, o treinador do CD Tondela

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 'Não me apanham n'outra' com Tozé Marreco, o treinador do CD Tondela
17.12.22
fotografia: Jornal do Centro
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 'Não me apanham n'outra' com Tozé Marreco, o treinador do CD Tondela
24.01.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 'Não me apanham n'outra' com Tozé Marreco, o treinador do CD Tondela

Não nasceu com a bola nos pés, mas quase, é que não se lembra de outra coisa na sua infância que não seja jogar futebol. Orgulhoso filho da terra. Nasceu em Miranda do Corvo, a 25 de Julho de 1987. O mais novo de três irmãos, nem por isso o mais mimado, sofreu muito com a constante luta de almofadas, da qual saía sempre a perder. Cresce no seio de uma família grande. Hoje, é treinador do CD Tondela. Há mais do que as quatro linhas em Tozé Marreco.
A infância é passada entre o jardim e o campo pelado do Clube atlético mirandense, no Bairro Sá Carneiro, onde tantas vezes à socapa iam jogar pela noite dentro. Já a Dona Linda não deve guardar as melhores memórias desse tempo, pois quando jogavam no jardim destruíam-lhe as flores que ela cuidava com tanto esmero. Fora os vasos da Dona Linda, não era menino de grandes asneiras. Da escola não gostava, mas ainda assim não chumbou nenhum ano.
Aos 13 anos só via um futuro à sua frente.
A mãe, professora, queria que o seu benjamim dedicasse mais tempo às letras do que à bola. Não incentivava, mas, discretamente, ajudava sempre.
Era o pai que amparava todos os golpes. “Pai galinha” Ia levar e buscar o seu menino aos treinos e esperava de sorriso nos lábios. Perante a garra do filho, só podia avançar com ele. Talvez tenha sido o primeiro a perceber que o seu caçula ia fazer disto vida. Morre inesperadamente em 2004. Aos 18 anos perde, de uma vez, o pai e o melhor amigo.
Entre os altos e baixos do futebol, decide estudar psicologia. Depressa percebeu que não ia longe, é que não há amor como o primeiro.
Homem de família, recatado, adapta-se facilmente. Não lhe faz confusão andar de mala às costas. Fiel aos seus hábitos e amigos, aliás são os mesmos desde sempre. Em Coimbra, com apenas 19 anos, foi-se encantar por uma menina da sua terra. E o encantamento continua até hoje. O Santiago tem sete anos e partilha com o pai a paixão pelo futebol.
Avançado, ponta de lança, foram 334 jogos, 109 golos e passou por 16 clubes.
Hoje é treinador do Tondela. E tal como em pequeno continua a colocar todos os seus sonhos dentro de quatro linhas.

1. És do tipo meia bola e força ou ponderado?
Ponderado

2. Chanfana ou sushi?
Chanfana

3. Maior elogio que te podem fazer?
Trabalhador

4.Pessoa que mais te inspirou?
O meu pai

5. Neste momento se não fosses treinador, o que serias?
Gestor imobiliário

6. O que pode estragar o teu dia?
A mentira

7. Qual foi o golo da tua vida?
O meu filho

8. Racional ou emocional?
Emocional

9. É para jogar ou para ganhar?
Para ganhar

10. Comédias românticas ou filmes de ação?
Comédia romântica

11. Memória mais antiga de infância?
Os panados da minha avó

12. Campo ou cidade?
Campo

13. O que te chamavam quando eras miúdo (alcunha)?
Tozé

14. O melhor presente que recebeste?
Um casco de pele que a minha tinha me trouxe de Londres quando tinha 8 anos

15. Kizomba ou jazz?
Jazz

Veja aqu o programa completo

 'Não me apanham n'outra' com Tozé Marreco, o treinador do CD Tondela

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