mosteiro são joão de tarouca
Diretora geral irmã São Ferreira Pinto e diretora pedagógica Paula Martins do Colégio da Imaculada Conceição
469193553_18252041584275920_1724886498220933613_n
261121083019a9f55af575cc44675655afd52fd8ee0b7e8852f2
221221102816ea5e4a48ad2623f3eea1d59d63cf34ae78d05d1d
140122144234ddd8df4b510d3e43d02babb42d9dd1f2fb699a5c

Miauuu! Chamaram por mim? Sou a Bella, a gatinha mais fofinha, saltitante…

11.12.24

A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…

09.12.24

O Natal é um momento de união, onde o amor se torna…

06.12.24
Abertura loja Antiqva - Viseu_-7
api days mangualde
vista_alegre
Home » Notícias » Diário » Nem uma associação nacional pode salvar “a morte anunciada” do artesanato

Nem uma associação nacional pode salvar “a morte anunciada” do artesanato

 Nem uma associação nacional pode salvar “a morte anunciada” do artesanato
11.06.21
fotografia: Jornal do Centro
partilhar
 Nem uma associação nacional pode salvar “a morte anunciada” do artesanato
11.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Nem uma associação nacional pode salvar “a morte anunciada” do artesanato

Chegar à peça final, já com todos os pormenores bem limados, com os relevos nivelados bem para encantar quem passa pelos ares da Serra de Montemuro, é um trabalho que nem todos conseguem. Nas mãos, apenas marcas de quem trabalha a perfeição. E depois, vemos a própria leveza da arte a entrelaçar-se naquele ambiente. É bonito o que se vê. O negócio é que já viu melhor dias. Ora, mas entre artesãos já se diz que se criou uma associação para desenvolver o artesanato português. Isto é, “voltar à moda”. Na Cooperativa de Artesãos do Montemuro, no concelho de Castro Daire, há quem já sonhe com novos incentivos.

Em poucas palavras, a Associação Saber Fazer nasceu da necessidade de criar condições mais favoráveis à continuidade das artes e dos ofícios tradicionais, de forma sustentável. É um organizado criado pelo Governo para promover a qualificação do setor e dos artesãos, a passagem do conhecimento para novas gerações e a promoção do turismo cultural, dentro de Portugal. Uma estratégia que, aos olhos de Lurdes Quintans, responsável e funcionária da Cooperativa de Artesãos do Montemuro, é “positiva” se realmente houver algum poder de intervenção e de comunicação “com quem é do Direito”, disse.

Quando lhe perguntámos o que era necessário para “erguer” o setor, hesitou por breves instantes: “isto é uma pergunta que tem muito que se lhe diga”, suspirou, “neste momento, estamos mesmo a lutar com grandes dificuldades na mão de obra, era preciso haver mais incentivos”. Costuma dizer que “o artesanato já por si dá trabalho e não dinheiro. As pessoas o que que querem? Querem dinheiro, como é lógico, todos nós trabalhamos em troca de alguma coisa”, lançou, a encolher os ombros.

Hoje em dia, dificuldades são o que mais há. “Já tivemos muitos melhores dias, quer a nível de mão de obra, quer a nível até da procura de artesanato”, lamentou. É da opinião de que “deveria estar isento, por exemplo do IVA, e aí como associação, poderia realmente ter algum poder de intervenção, ou não, para a revisão dessa situação”, sugeriu. E não tardou a dar-nos um simples exemplo: “temos uma peça, ela até fica a 100 euros, mas vai logo para 123 euros. Faz toda a diferença, e não vai nem para A, nem para B”, sustentou.

Além disso, o facto de um artesão ser obrigado a coletar-se para conseguir vender as peças que produz é, na opinião de Lurdes, “injusto para as pessoas que não fazem disso profissão”. “São as nossas dificuldades e isto em geral”, disse, entre sorrisos.

A conversa estendeu-se por longos minutos que já começavam a parecer horas. Lurdes tem amor ao que faz, ao artesanato, à arte das mãos. “O artesanato, na minha perspetiva, é a nossa identidade, o nosso património”, defendeu, reconhecendo que os mais jovens “têm curiosidade, apreciam, mas não querem aprender porque sabem que não dá para sobreviver e para fazerem o que quer que seja têm que ter todas aquelas burocracias”.

Perguntámos-lhe também se “todas essas dificuldades” significavam um perigo para a sobrevivência do artesanato. É simples: “Isto não pode ser um perigo, isto é a morte anunciada”.

 Nem uma associação nacional pode salvar “a morte anunciada” do artesanato

Outras notícias

pub
 Nem uma associação nacional pode salvar “a morte anunciada” do artesanato

Notícias relacionadas

Procurar