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05 de 04 de 2021, 12:50

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Assunção Cristas, Hélder Amaral e Chega lamentam morte de Almeida Henriques

Mais reações políticas ao desaparecimento do autarca de Viseu

Almeida Henriques

Duas figuras marcantes da história recente do CDS reagiram à morte do presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques. O autarca, que morreu no último domingo (4 de abril), será sepultado nesta segunda-feira (dia 5).

Numa publicação nas redes sociais, a ex-presidente do CDS, Assunção Cristas, disse que viu a morte de Almeida Henriques “com muita pena” e que guarda “as melhores memórias enquanto membros do mesmo Governo”, onde Almeida Henriques foi secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional no primeiro executivo PSD-CDS de Pedro Passos Coelho, antes de ser autarca de Viseu.

“De uma extraordinária simpatia e afabilidade, Almeida Henriques foi sempre um aliado na defesa e promoção do mundo rural. Sempre acessível e disponível para ajudar a resolver os assuntos da agricultura e do mundo rural, foi com alguma pena que o vi partir do Governo rumo ao Município de Viseu. Mas alegrei-me com o seu entusiasmo e realização autárquica. Deixa-nos um bom homem, profundamente dedicado à causa pública. Hoje as minhas orações estão em particular com a família a amigos”, escreveu Assunção Cristas.

Também Hélder Amaral, ligado ao CDS e que chegou a ser vereador da oposição no primeiro mandato camarário de Almeida Henriques, diz que recebeu a notícia do falecimento com “enorme tristeza”.

“Foram mais de 30 anos de uma relação intensa, muitas vezes em lados opostos - na Assembleia Municipal, na Assembleia da República e na vereação da Câmara Municipal de Viseu -, mas também do mesmo lado, como nos governos de coligação. Muito por mérito do António, senti sempre que estávamos do mesmo lado, porque a última palavra dele foi sempre de apaziguamento. São assim os grandes líderes e os bons amigos, pois a minha relação com o António foi muito além da política”, afirmou o ex-deputado e antigo presidente da distrital centrista de Viseu.

Ainda na política, depois das reações do PSD, do PS, do CDS, do Bloco de Esquerda e da Iniciativa Liberal, o Chega também fez questão de lamentar a morte de Almeida Henriques. O partido suspendeu a sua atividade política em Viseu por dois dias “em respeito da memória e em solidariedade com os viseenses”.

Também a Organização Regional de Viseu do PCP deixou "o seu profundo pesar" pelo falecimento de Almeida Henriques. "Neste momento de dor endereçamos a nossa solidariedade e sentidas condolências à família e amigos", escreveram os comunistas num breve comunicado.

Almeida Henriques faleceu na manhã do Domingo da Páscoa, no Hospital de Viseu, onde estava internado com Covid-19 há cerca de um mês. Tinha 59 anos e deixou para trás uma longa carreira política com direito também a passagens pelos mundos empresarial, associativo e cultural.

Para esta segunda-feira, estão marcadas as cerimónias fúnebres de Almeida Henriques, que contarão com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O corpo do autarca de Viseu vai sair do Hospital de São Teotónio às 16h00.

O cortejo começa na Rua Prof. Egas Moniz (junto ao Hospital), e percorrerá algumas das ruas principais da cidade, passando, por exemplo, na Avenida Alexandre Herculano e na rotunda de Santa Cristina.

O corpo seguirá depois pelo centro histórico da cidade, com passagens na Praça Dom Duarte, na Rua do Adro, Largo Pintor Gata, Largo Major Teles, rotunda D. João I e Avenida 25 de Abril. O trajeto inclui em seguida a passagem pelo Rossio, continuando pela Avenida António José de Almeida e pela Avenida da Europa e terminando no cemitério de Abraveses, onde Almeida Henriques será sepultado. A Câmara de Viseu decretou três dias de luto municipal.