Diário

Tradição de bilros com nova "casa" em Farminhão

Escola da Associação de Solidariedade Social da freguesia do concelho de Viseu tem novas instalações. Espaço foi recuperado num investimento de mais de 60 mil euros

Fotógrafo: D.R.

A escola de bilros da Associação de Solidariedade Social de Farminhão, no concelho de Viseu, já tem novas instalações. O espaço foi inaugurado na última sexta-feira (8 de julho), no âmbito das comemorações dos 40 anos da instituição.

A escola foi criada há 18 anos com o objetivo de recuperar uma tradição importada do litoral do país e dar a conhecê-la a novas gerações, para evitar que esta técnica secular se possa perder no tempo.

A escola conta agora com cerca de 10 alunos. O presidente da Associação de Solidariedade Social de Farminhão, Duarte Coelho, lembra que a escola foi inicialmente criada em 1917, quando o Governo de então fundou a escola “onde as pessoas se dedicavam durante muito tempo e teve alguma projeção na nossa zona”.

Entretanto, com o passar dos anos, a arte perdeu a sua relevância. Para não a deixar no esquecimento, a Associação de Farminhão retomou a escola em 2004, tendo funcionado inicialmente na sede da instituição.

Foi então que se avançou com a recuperação de um espaço para albergar a escola, num investimento de mais de 60 mil euros.

“Recuperámos uma casa antiga que existia no centro de Farminhão e é lá que funciona a escola de bilros, que, neste momento, está aberta a toda a gente do concelho e funciona às quintas-feiras para que as pessoas possam aprender esta arte”, frisa Duarte Coelho.

Segundo o dirigente, os bilros dão lugar a rendas, um produto que não é muito barato “porque tem muita mão de obra”. “Mas é uma renda que sai muito bem e se usa para fazer muitos acabamentos em toalhas e muitas outras coisas” como aventais, tecidos e enfeitados, lembra.