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24 de 06 de 2022, 18:58

Diário

Brintons: cartazes vandalizados em véspera de plenário dos trabalhadores

Sindicatos vão avançar com queixa à GNR de Vouzela. Trabalhadores da empresa têxtil de Vouzela vão reunir este sábado

manif britons vouzela

A União dos Sindicatos de Viseu vai apresentar queixa à GNR de Vouzela depois da vandalização de cartazes que davam conta da situação da fábrica têxtil Brintons, em Campia.

O anúncio foi feito na véspera de uma reunião que os trabalhadores da empresa vão ter este sábado (25 de junho). Em comunicado, a União dos Sindicatos refere que foram vandalizados cartazes “que haviam sido colocados em Campia” sobre a situação da Brintons.

A União dos Sindicatos garantiu que apresentará junto da GNR de Vouzela uma “queixa contra incertos face a este atentado à liberdade de expressão e à liberdade de exercício da atividade sindical”.

Os trabalhadores reúnem-se este sábado. A iniciativa surge depois de, em março, funcionários terem protestado contra a saída de quatro teares da fábrica.

“Esta reunião decorre de um conjunto de situações que aponta para a forte possibilidade de encerramento da empresa”, refere a União dos Sindicatos de Viseu em comunicado. A estrutura sindical referiu ainda que, após o anúncio da reunião, a administração da Brintons divulgou uma nota interna aos trabalhadores, “onde manifesta estranheza” pela sua realização.

Perante isto, a União dos Sindicatos de Viseu questiona se a empresa “quer arvorar-se no direito de limitar o exercício da liberdade de exercício da atividade sindical” e se “receia que os trabalhadores conheçam os seus direitos”.

“Será que a Brintons quer que os trabalhadores não conheçam os seus direitos porque não os quer respeitar?”, interroga. A União dos Sindicatos de Viseu garante ainda que “continuará sem vacilações a defender os trabalhadores, nomeadamente da Brintons”.

Nos últimos tempos, a empresa tem dispensado mais de uma centena de trabalhadores devido à crise provocada pela Covid-19. Neste momento, continuam a trabalhar apenas 45 funcionários e há outros tantos colaboradores que permanecem em situação de lay-off.