Sandra Rodrigues

25 de 06 de 2022, 08:42

Diário

De Viseu a Itália em vespas clássicas e com muitas aventuras

Mais de 4 mil quilómetros de boas histórias partilhadas por 15 vespistas que já têm como próxima missão ir a Marrocos

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Dez dias, nove noites, 4.360 quilómetros em cima de vespas. O objetivo: chegar à fábrica desta mítica “scooter” italiana.
O feito foi conseguido por 16 vespistas (a contar com o que trocou as duas rodas pela carrinha de apoio) que partiram de Viseu e entre boas histórias e momentos que não vão esquecer conseguiram, em dez dias, chegar à Itália e regressar. A família brindou-os com uma recepção de boas vindas no Rossio de onde tinham partido. Um dos “prémios” de uma jornada feita em cima de uma “clássica” em que a mais velha é de 1966.

A uma média de velocidade de 80 quilómetros horas, a viagem entre Viseu e a Itália começou logo com um primeiro dia “carregado”.
“Fizemos 760 quilómetros, atravessamos a Espanha toda. Fomos dormir à fronteira”, conta Pedro Nuno Vaz Pinto um dos vespistas que integra o grupo “Barrako”.
Nos dias seguintes, a viagem continuou pela França: Pirinéus e a costa francesa com visitas ao Mónaco, Cannes ou Saint Tropez. E de França ficam várias histórias, entre elas a do polícia que mandou parar o grupo e queria multar os que não levavam luvas (é obrigatório). Tudo se resolveu. O polícia, afinal, também era de Viseu.
“Chegámos a Itália, fomos a Génova e descemos e fomos à fábrica da Vespa que era o nosso objetivo. Ainda fomos a Roma”, conta o aventureiro.

Das várias peripécias, Vaz Pinto recorda a noite em que tiveram de dormir na rua, à beira da estrada, porque chegaram tarde ao hotel onde estava previsto pernoitarem ou um ou outro desvio da rota porque o GPS “não estava correcto”.
Mas, a maior dificuldade foi o cansaço, algumas avarias e temperaturas altas (44 graus e vento) com areias. Valeu o apoio da carrinha que integrou a comitiva.
“Acima de tudo, o que fica desta aventura é uma enorme camaradagem”, revela. Isso e os fãs que foram encontrando ao longo do caminho. “Por onde passávamos as pessoas, e até os policias, acenavam e queriam tirar fotografias connosco”, acrescenta.

Conhecer a fábrica de onde sairam as vespas era um projeto que já estava a ser pensado há quase dez anos. Acabaram por ser as mulheres e namoradas dos vespistas que deram o impulso final. Marcaram as datas e fizeram as reservas.
Agora, a próxima jornada vai ser feita em Marrocos no próximo ano.
Até lá, o grupo ainda tem muita estrada para percorrer e muito “charme” para mostrar. “Pode ser de fato e gravata ou calções, mas fica-se sempre bem em cima de uma vespa. O dinheiro que investimos nestas motas podíamos ter outras. Mas isto é uma paixão. Estas motos são uma peça de arte”, atesta quem não troca estas duas rodas por nada.

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