Diário

Terreno no aeródromo de Viseu continua à espera para receber novo edifício da Proteção Civil

Câmara Municipal de Viseu diz estar à espera que Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil garanta financiamento para avançar com a obra

Fotógrafo: CM Viseu

Em julho de 2021, a Câmara Municipal de Viseu e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) assinaram um protocolo com vista à instalação, no Aeródromo Municipal, de um edifício e três hangares para albergar as várias valências de socorro e proteção civil nacionais existentes na cidade e que atualmente estão no edifício do antigo Governo Civil.

Mais de um ano e meio depois, o terreno no aeródromo continua à espera para receber o novo imóvel. Questionada pelo Jornal do Centro, a autarquia viseense garante que “o protocolo de intenções continua de pé”, mas falta saber se a ANEPC ainda quer executar o projeto e se há financiamento para o fazer avançar.

“O protocolo está de pé, estamos à espera de ter um conjunto de reuniões com a ANEPC para saber se mantém a intenção e, sobretudo, se tem o financiamento. Na altura seria através do PO SEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, mas parece-me que as verbas desse programa já terão chegado ao fim e agora estamos à espera de um enquadramento do novo financiamento, com fundos comunitários. Esperemos que ANEPC nos diga rapidamente como quer resolver”, esclareceu o vice-presidente da Câmara Municipal, João Paulo Gouveia.

O edifício a construir será para albergar o Comando Regional de Emergência e Proteção Civil do Centro e o Comando Sub-regional Viseu Dão Lafões, que atualmente estão a funcionar no antigo edifício do Governo Civil e ainda uma nova valência, o Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil alternativo, que teria a função de redundância ao que está localizado em Lisboa. Além disso, o projeto incluía a construção de três hangares que serviriam o centro de meios aéreos.

“Estamos expectantes em relação a este projeto ancora, muito importante para toda a região Centro. Até porque tem um conjunto de vantagens e que foram elencadas pela própria ANEPC. Esperemos que não se volte atrás e que se cumpra com o que foi determinado no protocolo”, disse João Paulo Gouveia.

O também responsável pela pasta da Proteção Civil no município garante que a autarquia tem estado “proativa a questionar a ANEPC no sentido de as reuniões serem conclusivas para que haja uma decisão da execução do projeto”.

“Só estamos à espera que o Estado Central, no caso a ANEPC, não deixe de fazer este investimento em Viseu porque os viseenses estão à espera dele”, concluiu João Paulo Gouveia.

O Jornal do Centro também questionou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, mas ainda não obteve qualquer esclarecimento.

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