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25 de 07 de 2021, 13:33

Autárquicas'21

Autárquicas: Socialista João Azevedo quer Viseu “líder do investimento europeu”

António Costa frisou que João Azevedo “não cai de paraquedas” em Viseu e que é um candidato “com provas dadas”

João Azevedo e António costa juntos na campanha autárquica do PS por Viseu

Fotógrafo: Igor Ferreira

O candidato do PS à Câmara de Viseu, João Azevedo, disse no sábado à noite que tem a “oportunidade de ouro” de transformar Viseu no concelho “líder do investimento europeu” e líder de contratos programas com o Governo.

“Temos a oportunidade de ouro de transformar Viseu no líder, no campeão, do investimento europeu. Nós temos de transformar Viseu no líder da captação dos fundos comunitários, temos de transformar Viseu no líder, no campeão, dos contratos programas com o Governo e com o que podemos fazer diretamente com a União Europeia. É assim que queremos Viseu, mais forte, mais pojante, mais liderante e mais capaz de tornar este território mais competitivo”, assumiu João Azevedo.

Na noite da sua apresentação pública enquanto candidato a presidente da autarquia de Viseu, pelo PS, com a presença do secretário-geral do partido, António Costa, João Azevedo falou nas lutas pelas quais se vai debater, e que conta com o apoio do Governo, como as da área da saúde e da comunicação, e destacou a indústria para os próximos anos.

“Também queremos colocar aqui uma área fundamental que é a industrialização do concelho. António Costa referiu a ligação à área empresarial de Mundão e eu acrescento Lordosa (norte) e o sul do concelho, onde temos a capacidade de promover uma nova área de localização empresarial”, defendeu.

Para o candidato, “é preciso aproveitar, não só o que hoje está vertido no plano Diretor Municipal (PDM), mas também aquilo que pode ser previsto e mudado na atual revisão do PDM” de Viseu.

“É preciso reforçar, muscular o concelho de Viseu com mais indústria. Indústria moderna, com melhor emprego, com mais emprego, com mais qualificação e com mais igualdade salarial entre as mulheres e os homens. Devemos fazer isso todos os dias, semanas e meses dos próximos anos”, assumiu.

Neste sentido, considerou que Viseu “é um porta aviões que precisa de ser comandado com uma liderança forte, com capacidade de gerar receita que consegue atrelar os fundos comunitários”, um feito que João Azevedo acredita que Viseu consegue porque “tem capacidade para liderar politicamente e orçamentalmente”.

João Azevedo considerou ainda que “as políticas públicas” de Viseu “não foram as melhores” e, por isso, “é que nos últimos anos perdeu pessoas e não podia ter perdido, porque é um concelho muito importante no interior” do país.

Na sua apresentação pública, João Azevedo lembrou antigos líderes distritais do PS e apelidou de “triângulo virtuoso” ao elogiar António Costa e ao falar na sua “maior referência pessoal e política, Jorge Coelho”.

“Faremos tudo para que possa fazer o que lhe prometi em vida: trabalho, dedicação, confiança, solidariedade e, especialmente, aquilo que ele mais e melhor me ensinou: a determinação em defender os territórios da região Centro e desta região que era dele, onde ele nasceu e onde tanto lutou por nós”, destacou.

Durante o seu discurso, António Costa frisou que João Azevedo “não cai de paraquedas” em Viseu e que é um candidato “com provas dadas”, também enquanto presidente da Câmara, no concelho vizinho de Mangualde, e “é um homem trabalhador” e “com vontade de unir que é isso que Viseu precisa”.

Já o líder da distrital do PS decretou o fim do ciclo do PSD no concelho viseense. José Rui Cruz criticou ainda os anos e anos de governação social-democrata, que não conseguiram resolver o problema da seca e lembrou a falta de água registada em 2017.

“A maior cidade do interior do país nessa seca deu-se ao luxo, liderada pelos importantes dinossauros da PSD, de ter que andar a transportar água para Viseu em cisternas”, disse, acrescentando “não terem sido capazes com tantos fundos comunitários, com tanto dinheiro disponível, não terem sido capazes de fazer uma barragem que resolvesse o problema da água em Viseu”.

O socialista atirou ainda outra farpa ao partido laranja: “agora quando foi possível escolher um candidato tiveram que ir a alguém que esteve 24 anos na Câmara e não resolveu este grave problema, onde é que isto é possível? Eu não consigo perceber”, assinalou.

Em defesa do ex-presidente da Câmara de Mangualde e agora candidato a Viseu  [João Azevedo] saiu a presidente da concelhia socialista, Lúcia Silva, ao dizer que “o partido socialista é um partido plural, democrático e que tem quadros dispostos a servir o partido e o coletivo” e que “este é ataque acérrimo, discriminatório aos milhares de viseenses que não nasceram em Viseu, mas que escolheram Viseu para trabalhar e viver”.

À Câmara de Viseu concorrem também às eleições autárquicas deste ano João Azevedo (PS), Pedro Calheiros (Chega), Fernando Figueiredo (Iniciativa Liberal), Francisco Almeida (CDU), Manuela Antunes (BE) e Fernando Ruas (PSD).

Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD conseguiu 51,74% dos votos (seis mandatos) e o PS 26,46% (três mandatos). O CDS teve 5,10 por cento, o BE foi a quarta força política mais votada, com 4,79% dos votos e a CDU ficou com 3,85 por cento.

As eleições autárquicas foram marcadas para 26 de setembro.

Lucia Silva, Ana abrunhosa, João Azevedo, António Costa, Rui Cruz e Simões Torres na campanha autárquica pela PS em Viseu

Fotógrafo: Igor Ferreira