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25 de 12 de 2021, 08:26

Infografias

Desemprego a diminuir, mas há concelhos com taxas elevadas

Há mais mulheres do que homens em situação de desemprego e a maioria dos inscritos está à procura de um novo emprego e com inscrição há mais de um ano

Info desemprego

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego que abrangem a região de Viseu está a diminuir desde o início do ano. Moimenta da Beira, Lamego e Tarouca, a norte, são os concelhos onde a taxa é maior. A menor regista-se em Mortágua e Tondela.
Há mais mulheres do que homens em situação de desemprego e a maioria dos inscritos está à procura de um novo emprego e com inscrição há mais de um ano.

No Centro de Emprego de Lamego (que abrange os concelhos de Armamar, Lamego, Moimenta da Beira, Penedono, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca) havia a 31 de outubro 152 ofertas de emprego. No de Viseu (Aguiar da Beira, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo, Sátão, Vila Nova de Paiva, Viseu) eram 482 as ofertas e no centro de emprego Dão Lafões (Carregal do Sal, Castro Daire, Oliveira de Frades, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Tondela, Vouzela) as ofertas eram de 245.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego recuou 13,2% em novembro, em termos homólogos, e 1,6% face a outubro, registando a oitava descida mensal consecutiva, o que não acontecia desde 2003, informou o IEFP.

Segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), no fim de novembro estavam registados nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas 345.884 desempregados, menos 1,6% do que em outubro (-5.783 pessoas) e menos 13,2% que no mês homólogo (-52.403 pessoas).
De acordo com a instituição, é a primeira vez, desde 2003, que se verificam oito descidas mensais consecutivas em cadeia do desemprego registado.

O número de desempregados inscritos em novembro representa 65,6% de um total de 527.423 pedidos de emprego.
O total de desempregados registados no país ficou abaixo do verificado no mesmo mês de 2020 (-44.443 pessoas, o que equivale a uma quebra de 7,8%) e foi também inferior ao mês anterior (-4.630 desempregados, uma queda de -0,9%).
Segundo o instituto, para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, na variação absoluta, “contribuíram, com destaque, os grupos dos indivíduos que estão inscritos há menos de um ano (-75.648), os indivíduos que procuram novo emprego (-50.785) e os com idade igual ou superior a 25 anos (-40.833).

A nível regional, no mês em análise, o desemprego registado, em termos homólogos, diminuiu em todas as regiões, com destaque para o Algarve (-23,4%) e para a Madeira (-23,9%).
Em relação ao mês anterior, à exceção dos Açores e do Algarve (+0,7% e +28,5%, respetivamente), todas as restantes regiões apresentam decréscimos no desemprego.

No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 293.346 desempregados que estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 73,2% tinham trabalhado em atividades do setor dos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (que representam 30,2% do total).
Daquele grupo, 19,6% eram provenientes do setor secundário, com relevo para a construção (6,1%), e 4,2% pertenciam ao setor agrícola.

O IEFP observou ainda que o desemprego diminuiu, face ao mesmo mês de 2020, em todos os grandes setores: no agrícola (-11,6%), no secundário (-17,0%) e no terciário (-12,7%).
A desagregação por atividade económica permitiu observar que todas registaram descidas homólogas, sendo as variações mais significativas registadas, por ordem decrescente, na indústria do couro e dos produtos do couro (-28,8%), alojamento, restauração e similares (-24,8%), fabrico do equipamento informático, elétrico, máquinas e equipamentos (-21,7%), fabricação de têxteis" (-21,0%) e indústria do vestuário (-20,8%).

No final de novembro, as ofertas de emprego por satisfazer totalizavam 21.826, nos centros de emprego de todo o país, o que corresponde a um aumento anual (+57,4%) e a um decréscimo face ao mês anterior (-7,5%) das ofertas em ficheiro.

IEFP