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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
O espaço de partilha e debate sobre segurança e hospitalidade nos eventos desportivos, que decorreu esta quarta e quinta-feira em Viseu, terminou com uma conversa com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes. O dirigente confessou ao jornalista Paulo Sérgio, o moderador da conversa, que, de todos os títulos que estavam ao alcance e ainda não foram conquistados, aquele que lamenta mais não ter sido ganho por Portugal foi o título de campeão do mundo na equipa principal. “Falta-nos o título de campeão do mundo”, lamentou Fernando Gomes, que confessou ter acreditado que, pelo menos, Portugal ia jogar a final do Mundial jogado no Qatar. A prova foi ganha pela Argentina numa final jogada com a França. Fernando Gomes deixou claro que “a linha ténue que separa o êxito do inêxito é muito curta”. “A diferença ténue aconteceu em 2016 quando conquistámos. É um detalhe que nos faz conquistar ou não conquistar”, vincou.
Fernando Gomes defendeu também que a medida mais estruturante no futebol português dos últimos anos foi a criação das equipas B e lembrou que “dos 26 atletas que estiveram na Polónia e Escócia pela seleção de Portugal, 23 iniciaram o trajeto como jogadores seniores nas equipas B”. O líder máximo da Federação Portuguesa de Futebol sublinhou que, para o futuro, a atual direção deixará “marca de água”.
Investimento em infraestruturas da FPF rondam os 70 milhões de euros, sem apoios públicos, garante Fernando Gomes
A propósito de infraestruturas, Fernando Gomes revelou que a arena do futsal da Federação Portuguesa de Futebol vai ser inaugurada em novembro. O presidente da FPF afirmou mais do que uma vez que a “Federação tem de pautar-se por alcançar êxitos desportivos” e que, para isso, “é preciso um trabalho de planificação”. Acrescentando que “os títulos não aparecem por acaso”, Fernando Gomes afirmou que era “essencial ter uma infraestrutura desportiva ao serviço das seleções”. Nasceu aí a Cidade do Futebol. “Foi das primeiras ações desde que tomámos posse”, garantiu.
No total, as infraestruturas da Federação terão merecido um investimento de mais de 70 milhões de euros. Um valor que, Fernando Gomes, deixou claro que não teve apoios públicos. “Não houve um euro do Estado. Houve apoios de programas da UEFA e FIFA e o resto foram fundos próprios”, detalhou. Na conversa, Fernando Gomes não afastou a hipótese de candidatar-se ao Comité Olímpico de Portugal.
Por fim, questionado sobre que legado quer deixar e como quer ser lembrado pelos portugueses, Fernando Gomes disse que gostava de ser recordado “como alguém que fez algo positivo pelo país”. “Alguém que contribuiu para a afirmação do futebol português interna e externamente. O que espero é que haja uma continuidade do que temos vindo a fazer e que Portugal continue na senda de êxitos e de progressão e que, se for possível, já em 2026, conquistemos o Mundial, o título que nos faz falta”, concluiu Fernando Gomes.
Andebol 4 all e Cândido on Tour vencem distinção de mérito
Na cerimónia foi ainda atribuído ao projeto ‘Andebol 4all‘ a distinção de mérito da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto. O projeto divide-se em quatro sub-projetos, andebol em cadeira de rodas, andebol para deficiência intelectual, andebol para deficiência auditiva e andebol para cidadãos privados de liberdade. Na reação à distinção, o vice-presidente da Associação de Andebol de Portugal e coordenador do “Andebol 4 all”, visivelmente emocionado, defendeu que o projeto “é acarinhado desde a primeira hora pelas direções da Federação”. “Este projeto tem de ser de muitos mais. Temos de ter a colaboração de todos para que, depois, estes troféus possam ser alargados a mais gente”, sublinhou Joaquim Escada. A distinção de mérito foi também entregue ao programa “Cândido On Tour”, apresentado pelo antigo futebolista, Cândido Costa.
Na sessão de encerramento, o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas disse que é bom que se olhe para o desporto como um “aproximador dos povos”. O autarca referiu-se ao comunicado do Académico de Viseu sobre os episódios de violência verificados no passado domingo, após o jogo com o Marítimo, como um sinal de que as instituições “estão atentas ao que vai acontecendo”. Na intervenção, Ruas destacou o futebol de formação. “Nunca vi tanto acarinhar e receber jovens como agora”, acrescentou.
No discurso de encerramento, o secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, defendeu que o S4 Congress “excedeu todas as nossas expetativas”. Num discurso em que detalhou vários pontos em debate no congresso, o governante referiu que “Federações, clubes e associações prestam contributo inestimável à sociedade”.
No congresso organizado pela APCVD, foi abordada a Convenção de Saint-Denis, os grandes eventos desportivos, as boas práticas nacionais e internacionais na área da proteção e segurança, o espírito olímpico o desporto como agente de transformação social.