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A capital francesa vive a partir de hoje a maior competição do desporto paralímpico. Os Jogos Paralímpicos vão juntar 4400 atletas. De Portugal seguem 27. Na comitiva lusa estão três atletas com ligações ao distrito de Viseu. Dois deles competem por clubes do distrito, outro, no caso, a única mulher do grupo viseense, já competiu numa formação do distrito e tem raízes familiares por cá. Agora chegou a hora.
Nos Jogos Paralímpicos anteriores, Miguel Monteiro foi porta-estandarte de Portugal. Agora deixará essa missão para outros dois colegas. O lançador de peso, que representa também a Casa do Povo de Mangualde, é uma das esperanças maiores do desporto paralímpico luso. Miguel ganhou uma das duas medalhas que Portugal conquistou na última edição dos Paralímpicos. O lançador de peso foi bronze.
Também Marco Meneses é um dos atletas em que Portugal mais esperanças deposita. Nos Jogos de Tóquio, o nadador do Crasto, de Castro Daire, ganhou dois diplomas: na prova de 50 metros livres e 100 Costas.
Já Carina Paim, que chegou a representar a Casa do Povo de Mangualde, foi à final dos 400 metros dos Jogos de Tóquio e fez quarto lugar, batendo à porta do bronze. Mas mais do que a quase medalha, essa prova fica marcada por uma imagem em que a atleta lusa surge a amparar Aimi Toyama. Uma atitude que, mais tarde, foi reconhecido pelo Panathlon Clube de Lisboa como um gesto de fairplay.
Marcelo antevê “momento decisivo” na 11ª participação portuguesa em Paralímpicos
Esta quarta-feira, 28 de agosto, decorre a cerimónia de abertura. Os três atletas de Viseu não competem no primeiro dia de provas, que é amanhã, 29 de agosto. Os 27 foram recebidos pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, antes de partirem até Paris. O chefe de Estado pediu-lhes que tenham “a autoestima em plano elevado” e que “façam pedagogia” sobre a importância do desporto na vida das pessoas com deficiência.
“Lembrem-se sempre de que são muito bons, tenham a autoestima num plano elevado sempre, que corra bem, muito bem ou menos bem. Vocês são muito bons e irão fazer o melhor que podem, estamos certos”, sublinhou o Presidente. Marcelo salientou a importância dos Jogos Paralímpicos e lamentou que o mundo tivesse acordado “tarde demais” para a realidade dos atletas paralímpicos. “Também na sociedade portuguesa aconteceu isso, atrasámo-nos, a vários níveis nesta área, mas estamos a fazer caminho”, reconheceu Marcelo Rebelo de Sousa, que considera que a 11ª participação portuguesa nos Jogos Paralímpicos pode representar “um momento decisivo” para o desporto para pessoas com deficiência.
Portugal vai participar pela 11ª vez em Jogos Paralímpicos. Até agora, os portugueses ganharam 94 medalhas. Durante 11 dias, Paris recebe atletas de 167 países e uma equipa de refugiados que vão competir em 22 modalidades. No total, 549 provas vão decorrer na capital de França. Os Jogos Paralímpicos surgiram em 1948, quando o neurocirurgião Ludwig Guttmann organizou em Inglaterra uma competição em cadeira de rodas destinada aos veteranos da Segunda Guerra Mundial com lesões na coluna.