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Projeto piloto aposta no acompanhamento remoto dos doentes

 Projeto piloto aposta no acompanhamento remoto dos doentes
15.06.21
fotografia: Jornal do Centro
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 Projeto piloto aposta no acompanhamento remoto dos doentes
14.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Projeto piloto aposta no acompanhamento remoto dos doentes

Aumentar a segurança no atendimento médico, garantir a triagem e acompanhamento remoto da população e reduzir os riscos de infeção por Covid-19 são os objetivos do projeto Proteger +.

A parceria entre a Altice Labs, Universidade Católica e a JS Clínica Médica, que foi apresentada esta segunda-feira (14 junho) no Auditório da Universidade Católica em Viseu, pretende dar um atendimento diferenciado a doentes infetado,s ou em risco de infeção pelo novo coronavírus, através de telemonotorização.

Sem terem que sair de casa, os utentes são “consultados” permitindo uma melhor triagem e evitando deslocações sempre que não sejam necessárias. A informação prestada ao assistente virtual – sistema desenvolvido pela Altice Labs – fica registada na ficha de utente que pode depois ser consultada pelo médico. Além das perguntas ao questionário, o utente pode ainda registar dados como a temperatura ou os níveis de oxigénio.

Neste projeto piloto, que vai ser implementado em Viseu, é assegurado ainda o acompanhamento médico remoto a utentes mesmo em casos positivos de infeção, havendo ainda a possibilidade de realizar teleconsultas através do SmartAL da Altice Labs, que foi adaptado para o atendimento Covid-19.

Segundo Jorge Silva, diretor clínico e fundador da JS Clínica, a necessidade de acompanhar os doentes de forma segura, num contexto de pandemia, foi o que o levou a fazer parte deste projeto.

“Era impensável suspender a atividade e o seguimento dos nossos doentes, pelo que encontrar uma forma segura de os atender, manter acompanhados e evitar contágios foi a primeira motivação para integrar esta parceria”, explicou.

Jorge Silva destacou ainda a ajuda que o recurso à inteligência artificial possibilita, sobretudo numa altura de equipas em espelho e em teletrabalho.

“O projeto dá uma resposta efetiva à dificuldade acrescida de atendimento motivada pelas equipas em espelho e teletrabalho. A integração da inteligência artificial, e atendimento automatizado, permite um maior volume de atendimento e de separação entre os casos passiveis de serem atendidos presencialmente e os de atendimento e seguimento remoto”, concluiu.

Teste à Covid-19 é feito através da saliva

No Proteger + o teste à Covid-19 é feito através da saliva, uma “forma menos invasiva, mas igualmente informativa, de recolher a informação sobre a saúde e as patologias” do doente, como explicou Maria José Correia, professora da Universidade Católica Portuguesa.

“Através de uma pequena quantidade de saliva podemos detetar, por um lado, se o indivíduo está infetado, através da presença de carga viral na saliva, e, por outro lado, se o indivíduo é capaz de eliminar o vírus e montar uma resposta imunológica que lhe permita não ter doença grave e sobreviver”, explicou.

A metodologia usada foi desenvolvida pelo laboratório de investigação SalivaTec, da Universidade Católica Portuguesa.

Na apresentação esteve ainda presente Conceição Azevedo, presidente da Câmara Municipal de Viseu, que destacou a importância deste projeto na segurança dos doentes e nos serviços prestados.
A autarca destacou ainda que apesar do contexto de pandemia, Viseu tem mantido a capacidade de apostar nas tecnologias em prol do combate à Covid-19.

“Esta pandemia é uma ameaça mas ao mesmo tempo colocou-nos perante um grande desafio e abriu-nos novas oportunidades, como a captação de empresas tecnológicas de informação, geradoras de empregos qualificados. Tornámos-nos uma referência em áreas do futuro como as tecnologias da informação, saúde e smartcitys”, destacou.

João Paulo Rebelo, secretario de Estado da Juventude e do Desporto e coordenador regional de combate à Covid-19, também marcou presença e lembrou a importância de recuperar o tempo em que muitas outras doenças ficaram “esquecidas” e assegurou que vai levar este projeto até aos responsáveis governamentais.
“Temos a missão de recuperar meses de ausência de cuidados de saúde e o Proteger + contribui para esta missão. E garanto que serei um transmissor às tutelas envolvidas, como a saúde, a economia ou planeamento e coesão territorial”.

Vissaium XXI ajudou a juntar parceiros
No apoio à criação da parceira entre a Altice Labs, Universidade Católica e a JS Clínica Médica esteve a Vissaium XXI – Associação para o Desenvolvimento de Viseu.

Segundo Sérgio Lorga, da Vissaium XXI, foi simples juntar os vários conhecimentos dados pelos diferentes parceiros.

“Era preciso encontrar uma forma de podermos diminuir o contágio, de ter capacidade de acompanhar remotamente os doentes e de ter uma forma “simples” de testagem, mas rigorosa. Rapidamente percebemos que todos os parceiros reuniam o potencial para este projeto ter sucesso, unindo a ciência, a tecnologia e as boas-práticas nos cuidados clínicos”, explicou.

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