Criada há 20 anos, a Associação de Solidariedade Social de Fornelo do Monte, em Vouzela, presta apoio a 30 pessoas de Fornelo e Ventosa. A diretora técnica, Ana Clara Gonçalves, fala da atividade.
Porque foi criada a instituição?
Surgiu porque havia muitos idosos a precisar de apoio, porque na altura no concelho de Vouzela ainda não havia ajuda a este nível. Começamos com dois ou três utentes e depois foi aumentando.
Que valências têm?
Começámos com o apoio domiciliário e é a única resposta que se mantém desde o início da nossa atividade. Ainda não tivemos possibilidade, nem financeira nem de instalações, para avançarmos com outros serviços.
Falamos de utentes que vivem sozinhos?
Alguns não vivem sozinhos mas a maior parte sim. Mas muitas vezes também é por vontade deles, porque não querem sair da sua casa.
As vossas instalações já são pequenas para o serviço que prestam…
Sim, é verdade. Neste momento já são um pouco deficitárias. Por isso temos intenção de melhorar as nossas instalações com a cedência, por parte da autarquia, da antiga escola primária. Pretendemos ficar com instalações dignas para podermos trabalhar e ao mesmo tempo voltarmos a dar vida àquele espaço que está fechado há cerca de um ano.
Que alterações vão ser feitas na antiga escola?
O espaço da escola irá manter-se e vamos construir um bloco lateral onde vai ficar instalada a cozinha e a lavandaria. No edifício já existente vamos criar um espaço de convívio para os utentes.
Que retrato social faz da área que abrangem?
Muita desertificação e os idosos têm vindo a diminuir muito.
Há risco das aldeias mais pequenas deixarem de ter habitantes, dentro de alguns anos?
Infelizmente tenho de dizer que há esse risco nestas aldeias e outras. É a realidade que temos.