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O ator Ruy de Carvalho vai estar em destaque esta quarta-feira (27 de março) nas comemorações do Dia Mundial do Teatro, em Viseu.
Aos 97 anos de vida, o artista vai ser homenageado na Casa da Ribeira, que recebe a exposição “Retratos Contados de Ruy de Carvalho”. Uma mostra que revela as memórias do ator mais velho no ativo em Portugal, acumulando 82 anos de carreira.
A exposição, que conta com a curadoria de Nélson Mateus, dá a conhecer ao público as múltiplas personagens, facetas e “vidas” que interpretou e representou ao longo do percurso artístico, além de memórias da sua vida pessoal.
A mostra será inaugurada pelas 18h30 e vai contar com a presença de Ruy de Carvalho, que também irá participar numa tertúlia.
Formado pelo Conservatório Nacional, Ruy de Carvalho atuou pela primeira vez no Teatro Nacional D. Maria II em Lisboa, no ano de 1947, integrado na Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro. Mais tarde, na reabertura do teatro em 1978, entrou para o elenco residente, onde permaneceu até 2000. Ao longo das oito décadas que compõem o seu percurso, pisou o palco do D. Maria II em cerca de 50 peças.
A exposição sobre Ruy de Carvalho é uma das várias iniciativas do projeto “Retratos Contados” e tem percorrido todo o país, tendo sido exibida noutras cidades.
Jorge Fraga sobe com “Dolo” ao Teatro Viriato
Também nesta quarta-feira, o Teatro Viriato vai recordar a peça “Dolo”, apresentada no ano passado em Viseu e coproduzida pelo espaço cultural.
O encenador Jorge Fraga – que também acumula décadas de carreira teatral em Viseu – vai estar numa masterclass marcada para as 21h00 e onde irá partilhar com o público histórias dos bastidores e de desenvolvimento do espetáculo, além de momentos de criação entre o autor e os intérpretes.
Com a participação de atores profissionais e alunos da Escola Superior de Educação de Viseu, “Dolo” Quem matou João Alves Trindade? Peça de teatro recorda crime da Poça das Feiticeiras, ocorrido há quase 100 anos, recorrendo às declarações prestadas em julgamento, às memórias populares e à fabulação ficcional para contar o enredo, lembrando “uma das mais estimulantes e misteriosas ocorrências recentes do imaginário viseense”, sublinha o Teatro Viriato.