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Os sapadores florestais vão avançar para uma greve nacional a 22 e 23 de julho. A paralisação foi anunciada depois de os profissionais terem alertado há uma semana em Sátão para melhores condições laborais e salariais no desempenho das funções.
O Sindicato Nacional de Proteção Civil (SNPC) acredita que esta vai ser “a maior ação de luta e protesto alguma vez realizada em torno das reivindicações dos Sapadores Florestais em Portugal” que lutam pela valorização e pelo reconhecimento desta profissão que emprega mais de duas mil pessoas há 22 anos.
Em comunicado, o sindicato lembra que os sapadores são “os únicos operacionais do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais – DECIR, que atuam durante todo o ano na floresta, contribuindo para que haja uma eficaz gestão de combustíveis para a prevenção de incêndios rurais conforme estipulado no Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios e por sua vez no verão em ações de vigilância e primeira intervenção, apoio ao combate, ações de rescaldo, consolidação e vigilância pós-incêndio, para além do apoio que prestam à proteção civil municipal e nacional”.
Os sapadores florestais queixam-se do facto de ganharem o salário mais baixo de toda a Proteção Civil, “auferindo o ordenado mínimo, sem uma carreira e estatuto profissional que regula a sua profissão ou que lhes seja atribuído um simples subsídio de risco, inerente aos riscos que correm todos os dias”.
“Pedimos apenas respeito e justiça a quem tudo faz na floresta e nada tem, existe um sentimento de revolta face a outras forças, como o caso da Força de Sapadores Bombeiros Florestais do ICNF, com as mesmas funções, mas com um salário tabelado nos 900 euros”, aponta o SNPC.
Além da valorização, respeito e reconhecimento da profissão, os sapadores florestais exigem também aumentos salariais, a inclusão do Suplemento de Penosidade e Insalubridade para todos e uma maior fiscalização da Autoridade para as Condições do Trabalho e da Inspeção Geral de Finanças para acabar com a precariedade no setor.
Um ramo que, entende o sindicato, é “sucessivamente alvo de ataques laborais por parte de entidades patronais que violam e abusam dos direitos dos seus trabalhadores privando-os de receber o seu salário e de ter os seus descontos para a Segurança Social regularizados”. O SNPC acusa as comunidades intermunicipais de usarem bancos de horas ilegais e também denuncia práticas de assédio moral e intimidação aos trabalhadores.
Os sapadores florestais também pedem mais formação profissional, equipamentos de proteção individual, a reforma do Programa de Sapador Florestal e a uniformização dos seguros de acidente de trabalho com os do setor público.
Está agendada para o dia 22 de julho uma concentração em Lisboa junto ao Ministério do Ambiente.
“Com o maior pacote financeiro para a floresta aprovado no Conselho de Ministros, não será certamente por falta de dinheiro que condicionará a profissionalização dos Sapadores Florestais, dotando-os de Carreira e Estatuto Profissional, com um aumento salarial justo face ao trabalho realizado, com atribuição do subsídio de risco e com a classificação de profissão de desgaste rápido”, conclui o SNPC.