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Saúde Mental na Gravidez e Pós-parto

 Saúde Mental na Gravidez e Pós-parto
14.09.24
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 Saúde Mental na Gravidez e Pós-parto

por
Ana Rita Silva e Bruna de Melo

O período perinatal representa uma fase da vida única e especial, englobando mudanças a nível físico e emocional. Todos estes desafios, como a adaptação a um novo papel, a integração emocional de todas as alterações a que se está sujeito, a gestão do equilíbrio em relação a expectativas formadas acerca deste período e do bebé, na parentalidade e na vida conjugal e familiar, levam, em muitos casos, ao aparecimento de sentimentos de insegurança e dúvida.

Assim, apesar do nascimento de um bebé ser, geralmente, perspetivado como um momento de felicidade, este é um período de risco acrescido para o desenvolvimento de doenças mentais. E são inúmeros os mitos em redor da gravidez e nascimento do bebé que o predispõem:

  • Há uma ligação instantânea ao bebé;
  • “Vou conseguir fazer tudo sozinha”;
  • Mães sabem sempre porque o bebé chora;
  • A mãe tem de estar constantemente alegre;
  • Mães têm de ser sempre perfeitas, não pode haver erros;
  • Se a mãe se separar do bebé perde-se o vínculo;
  • A vida da mãe tem de girar em torno do bebé.

Estes mitos e a visão idealizada deste período, frequentemente explorada socialmente, conduzem a sentimentos de vergonha, de culpa e incapacidade, que levam a que a vivência do sofrimento emocional seja feita em segredo e a procura de ajuda seja adiada.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de uma em cada cinco mulheres terá um episódio de doença mental na gravidez ou no ano após o nascimento do bebé. De salientar que existe 21,9% de probabilidade de recorrência/agravamento de uma depressão pré-existente, e que 80% das puérperas apresentam perturbação de ansiedade.

São dicas úteis para promover o bem-estar no pós-parto:

  • “Aceitar colo” – esta fase é frágil e delicada: não se sinta culpada por receber apoio de familiares/amigos. Não procure ser uma super-mulher, que vive tudo sozinha e carrega um peso inestimável;
  • Lista de necessidades – estabelecer necessidades pessoais e dar a conhecê-las igualmente a familiares;
  • Definir limites – estabelecer antecipadamente regras para as visitas do bebé, o que evita desconforto e promove períodos de descanso;
  • Autocuidado – implementar estratégias e medidas de autocuidado, incluindo atividades prazerosas;
  • Procurar cuidados de saúde – estabelecer contacto com uma rede de profissionais de confiança, que permitam um apoio direcionado para as dificuldades sentidas.

Contudo, nem sempre as estratégias acima descritas são suficientes. Assim, há situações que poderão beneficiar de uma intervenção mais especializada.

Quando pedir ajuda?

– Se sente tristeza, ansiedade, angústia, irritabilidade, insónia persistentes, com impacto no dia-a-dia;

– Se já experienciou um parto traumático e sente muito receio;

– Se sente dificuldade em cuidar do bebé, tolerar o seu choro ou se evita estar com o bebé;

– Se não tem vontade de viver ou tem pensamentos sobre fazer mal a si ou ao seu bebé;

– Se sente dificuldades na sexualidade;

– Se está a planear engravidar e está a fazer tratamento com psicofármacos ou tem antecedentes de doença psiquiátrica (depressão, ansiedade ou outra);

– Se está a viver uma situação de dificuldade em engravidar;

– Sempre que haja dúvidas sobre a existência de doença mental.

As dificuldades sentidas não são sinónimo de fraqueza ou incapacidade e ignorá-las não é solução. Uma intervenção precoce pode evitar o desenvolvimento de problemas de saúde mental, sendo que a deteção atempada e o tratamento são fundamentais. E o tratamento é eficaz e seguro! Procure um(a) especialista na área da Saúde Mental na gravidez e pós-parto e cuide de si.

Ana Rita Silva, psicóloga clínica no Hospital CUF Viseu, e Bruna de Melo, psiquiatra no Hospital CUF Viseu

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