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Seca: Viseu Dão Lafões diz que medidas do Governo são redundantes e exige barragens

 Seca: Viseu Dão Lafões diz que medidas do Governo são redundantes e exige barragens
25.08.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Seca: Viseu Dão Lafões diz que medidas do Governo são redundantes e exige barragens
11.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Seca: Viseu Dão Lafões diz que medidas do Governo são redundantes e exige barragens

O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões disse esta quinta-feira (25 de agosto) à agência Lusa que o Governo “fez bem” em anunciar medidas para a seca, apesar de “redundantes”, e defendeu a construção de barragens para colmatar o problema.

“O ministro do Ambiente fez muito bem em apresentar estas medidas, porque são necessárias, mas são redundantes, porque de uma forma ou de outra todos os municípios já as têm vindo a aplicar”, apontou Fernando Ruas.

O também presidente da Câmara Municipal de Viseu destacou ainda à agência Lusa que “há uma novidade”, na medida em que o Governo sugere que haja aumento do preço da água para os consumidores com gastos superiores a 15 metros cúbicos.

“No caso de Viseu, os consumidores do terceiro escalão, com gastos superiores a 15 metros cúbicos, representam mais ou menos 8% do consumo total, o que significa que a eficácia desta medida, no meu concelho, é quase inexistente”, apontou.

Isto porque “os aumentos não poderiam ser muito significativos, seriam em apenas 8% do consumo total”, o que “não desperta interesse nenhum” e, por isso, em Viseu, “não será aplicada”.

“Registamos como positiva a declaração de que vai havendo apoios de âmbito ambiental, nomeadamente para a colocação de torneiras redutoras ou para a compra de camiões-cisternas”, sublinhou.

Entre as medidas que Fernando Ruas gostaria de ver anunciadas, e que considerou “muito importante” para colmatar o problema de falta de água, está o “aceleramento nas construções” de barragens.

“Não se pode continuar a arrastar mais os pés para se decidir a construção de barragens. Do plano anterior, foi retirada a barragem de Girabolhos e a de Pinhosão, e andamos com o problema da barragem de Fagilde há cinco anos”, sublinhou.

Neste sentido, “não pode haver este tipo de pontos mortos” com uma fita do tempo de “cinco anos para definir a ampliação de uma barragem”.

“Deixamos durante muitos meses correr a água para o mar e, agora, que precisamos dela, não a temos. Precisamos de água armazenada. Não podemos é andar durante tanto tempo com estas hesitações”, registou.

Fernando Ruas adiantou ainda que “Viseu não vai passar pela situação que passou em 2017, com os camiões-cisternas a transportarem a água da barragem da Aguieira para a de Fagilde”, e afirmou que “seguramente ninguém vai ver” o que se viveu no concelho.

O autarca defendeu o “uso de águas residuais, como se faz noutros países e que em Portugal a legislação não permite”, mas, em Viseu, assumiu que começou esta semana a usar para rega” de espaços públicos.

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