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O concelho de Tabuaço vai receber uma central fotovoltaica num investimento de 80 milhões de euros.
A nova central solar será construída pela empresa Finerge, ocupando uma área total de 260 hectares e contando com uma dezena de torres eólicas, já em operação há vários anos, aproveitando assim o parque já existente e juntando a ela uma central solar de grande dimensão no mesmo ponto de ligação à rede.
No entanto, a associação ambientalista Quercus manifesta-se preocupada com a instalação de centrais no distrito de Viseu, com projetos previstos para Armamar, Lamego, Tarouca, Vila Nova de Paiva, Viseu, Moimenta da Beira e Tabuaço, alertando para a falta de regras e planeamento que previnam a sua instalação em áreas críticas.
Em todo o país, foram a consulta pública mais de uma dezena de projetos de instalação de centrais solares.
Os ambientalistas pediram ação aos deputados do Parlamento. Rosário Rodrigues, da Quercus, alertou para o impacto ambiental destes projetos de investimento.
A ativista manifestou preocupação com o uso dos solos agrícolas com alta produtividade e dos solos florestais que são profundos para estes projetos.
“Quando se constroem centrais fotovoltaicas, é necessário verificar em primeiro lugar os instrumentos de ordenamento do território e se existem áreas de RAN (reserva agrícola) e de reserva ecológica. Essas questões são importantes porque as centrais fotovoltaicas são de grande dimensão”, explicou.
A ambientalista apontou como exemplo o projeto da central fotovoltaica da Lupina, que vai ocupar 300 hectares no concelho de Viseu, num investimento de 150 milhões de euros.
A Quercus defende que os painéis solares podem ser colocados nos telhados de casas e de outros edifícios. A associação ambientalista e outras organizações nacionais ligadas ao ambiente, que integram a Coligação C6, exigem por isso a criação de legislação que regule a instalação das centrais fotovoltaicas.
Rosário Rodrigues alerta que as centrais com potência inferior a 50 megawatts “são licenciadas pela Direção-Geral de Energia e Geologia e nem sequer precisam de avaliação de impacte ambiental”, algo que considera preocupante.
“Deveria haver, à partida, um instrumento que regulamentasse quais os locais onde as centrais poderão ser instaladas e não deixar ao livre arbítrio do mercado e dos investidores que nem sequer são proprietários dos terrenos e são fundos de investimento que pretendem apenas o lucro”, reivindicou.
As associações ambientalistas também consideram que se torna difícil acompanhar os estudos de impacte ambiental das centrais.
Segundo um levantamento feito pela Coligação C6, nos primeiros meses deste ano, os projetos correspondem a cerca de dois mil hectares de superfície coberta por quase cinco milhões de módulos solares fotovoltaicos, sendo que alguns deles surgem como resultado dos leilões de licenças para produção de energia solar realizados pelo Estado em 2019 e 2020.
Outra das críticas dos ambientalistas é a opção por mega centrais fotovoltaicas, que dizem ser mais difícil conseguir minimizar os impactos, defendendo centrais mais pequenas que respondam às necessidades locais.