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Em vésperas do início oficial da campanha eleitoral para as próximas eleições autárquicas, vai a mesma aquecendo lentamente, como que em lume brando de ideias e programas.
No entanto, deste período morno de pré-campanha surgem, a meu ver, as seguintes constatações:
* À esquerda a surpresa que constitui o candidato do PAN, irreverente q.b., com um discurso que “come” no BE, fazendo perigar em muito o objectivo deste último em tornar-se a terceira força política no concelho.
* À direita, a surpresa, ou não, vem da candidatura da Iniciativa Liberal, com forte projecção nas redes sociais e interessantes prestações no debates realizados até hoje, baralha ainda mais as contas já de si baralhadas com a chegada inesperada da candidatura do CDS. A confirmar no “terreno”, sendo certo que a dispersão de votos nesta área, outrora só “ocupada” pelo CDS, será o principal adversário a 26.
* Com um discurso assente em promessas que não dependem da vontade do Município, a fazer lembrar a célebre frase de um ex-autarca da região “quem está com o poder come, quem não está cheira” e um PRR a não ajudar, a energia do candidato socialista e dos seus camaradas de luta parece não chegar para unir o que antes queria mudar e agora, pasme-se, se propõe “herdar”. Não chegam as visitas dos amigos de Lisboa é preciso ganhar a confiança do eleitorado local.
Confiança é o que parece não faltar nas hostes social-democratas, com o seu candidato confiante numa vitória que pode não ser tão retumbante quanto as sondagens podem fazer crer, basta que para isso Fernando Ruas não consiga segurar o sexto vereador, sendo certo que muito dificilmente tal ocorrerá.
Restam poucos dias para os candidatos solidificarem as suas posições no terreno, pelo que se adivinham dias politicamente mais quentes com o aproximar do Outono, com uns a recorrerem ao vale tudo eleitoral e outros confiantes no resultado.
A 26 de Setembro se verá quem teve a confiança para unir os viseenses.
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