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Pedro Escada
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Da inveja já falava Camões, não é defeito novo, e acompanha o Homem desde a sua Criação.
Em regra, foi fecundado com esse lacre, esse selo, esse sinal iniciático. É da sua natureza.
Ambicioso, quando ameaçado ou ultrapassado nos seus desempenhos, geralmente não responde com a superação, reage mal, às vezes até ordinariamente e com modos grosseiros.
Nélson Évora foi campeão olímpico no triplo salto, recebendo honrarias e elogios merecidos.
Pedro Pichardo, é bicampeão olímpico, tendo pulverizado as boas marcas obtidas pelo seu colega da equipa nacional.
Nélson foi indelicado quando Pedro ganhou.
Agora, pisou as marcas, ao dizer que a nacionalidade de Pichardo foi comprada para Portugal obter medalhas. A ser assim, tão mal terá andado o comprador como o vendido.
Custa-me que tenhamos a honra nacional tão em baixo.
É claro que Nélson não “engole” ter sido ofuscado nas vitórias e vomita veneno sempre que a ocasião se propicia.
Não aceita que o seu tempo passou, e agora só pode viver de memórias.
Anda ressabiado e destrata quem não tem culpa de ser melhor do que ele, até na humildade.
Desta feita, Pedro respondeu ao insulto, sendo duro e cru nas palavras. Não o condeno, quem não se sente, não é filho de boa gente.
Tem a seu favor, a evidência de ter sabido ser humilde na dupla vitória.
Saberemos um dia como conviverá com a descida do pódio.
Acontece que a questão da nacionalidade é um não assunto, nenhum é português de gema, ambos são de bandeira, naturalizados, um da Costa do Marfim e outro cubano, e com certeza nem o Hino sabem, só o trauteiam. Nisso são iguais, são portugueses emprestados, o que em nada os diminui nem desvaloriza.
A razão deste gesto indecoroso é uma questão de carácter, de feitio, de natureza.
Não gostei da atitude de Évora, que não soube perder, nem aceitar que já faz parte do passado, nem conformar-se em guardar as medalhas na vitrine lá de casa, e figurar nos álbuns de fotografias.
Mas Jorge, pai de Pedro, que vem agora a terreiro desafiar o ex-campeão para um duelo de espadachim, bem podia ficar no seu cantinho e não alimentar fogueiras desnecessárias.
Está na cara que Nelson e Pedro nunca se darão e evitarão encontrar-se, qualquer cumprimento será de circunstância, para os ” flashes”, mas a sua condição de heróis nacionais obriga-os ao decoro nas respostas e ao recato nas atitudes.
Haja quem os aconselhe a concentrarem-se nas pistas, e deixarem-se deste bate-boca deslavado.
E que não nos levem a recordá-los como um qualquer pé-rapado.
Afinal, um herói também é um exemplo de saber estar.
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Pedro Escada
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
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Helena Barbosa
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Raquel Costa, presidente da JSD Concelhia de Tarouca