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“Terminal (O Estado do Mundo)”, uma produção conjunta da Formiga Atómica com outros teatros e instituições e que esta sexta-feira, 15 de novembro, está no palco da ACERT, em Tondela. O espetáculo é a segunda parte de um díptico em torno da crise ambiental e climática. Esta é uma das peças que integra o FINTA, Festival Internacional de Teatro que decorre em Tondela até 23 de novembro.
O espetáculo nasce de um trabalho feito ao longo de 2023 no terreno, “de escutar as pessoas e de perceber qual é a forma como as mais variadas faixas da população e nos mais variados lugares olham para a crise climática”, explicou Miguel Fragata, da companhia Formiga Atómica que assinala o 10.º aniversário este ano.
“Em cada local, nós estacionámos durante uma semana” e eram desenvolvidas várias atividades, disse.
As atividades deram origem a uma publicação e dois documentários, um denominado “Regresso ao Futuro” e “Improváveis de costas voltadas”, que também é exibido esta sexta-feira antes do espetáculo.
Inês Barahona, responsável pelo texto, reconheceu que a crise climática é “uma questão que divide, polariza, às vezes acidifica bastante as discussões”, sendo que o espetáculo “é uma tentativa de colocar, no mesmo espaço, todas essas sensibilidades e atmosferas” recolhidas pela companhia no país.
“E, nesse sentido, o texto que construímos procura, de uma forma simbólica, metafórica, às vezes um pouco indireta, acomodar todas essas sensibilidades para que possamos, ao mesmo tempo que nos vemos ao espelho, distanciar-nos, estar à escuta, reconhecer-nos nalgumas sensibilidades e podermos sair do espaço do teatro como uma espécie de experiência coletiva de imaginação do futuro”, acrescentou.
Para Inês Barahona, abordar a questão da crise climática no teatro “foi um desafio muito grande, precisamente por essa má história da discussão de esta crise estar a ser feita de uma forma muito polarizada e, às vezes, com alguma tentativa de capitalizar alguns dividendos políticos dessa cisão social”.
“O teatro não está destacado do tempo em que ele vive e, nessa medida, ele é sempre político”, assinalou.
O espetáculo tem música original ao vivo, com composição e interpretação de Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves, do Clã, cúmplices da Formiga Atómica há algum tempo.
“Terminal (O Estado do Mundo)” conta com sei intérpretes que “chegam a um terminal: lugar de fim, ou de partida para o futuro?”, refere a sinopse, descrevendo que, antes do desfecho, contam “histórias para adiar o fim do mundo”.
Ainda no FINTA, durante este fim de semana, há para ver o espetáculo Across que chega da Chéquia, Tot Sol que vem de Espanha e a magia e malabarismo numa oficina que serve como aperitivo teatral.
O Festival regressa depois no dia 21, quinta-feira, com destaque para a apresentação da peça “Guião para um país possível” de Sara Barros Leitão.