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A suspensão do mandato do presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, continua a provocar reações. A concelhia do PS diz que o autarca do PSD já deveria ter feito o pedido há mais tempo.
José António Jesus foi há um mês condenado pelo Tribunal de Viseu à perda do mandato e a cinco anos de prisão de pena suspensa por peculato e falsificação de documentos no âmbito do processo das deslocações feitas com viaturas próprias, mas realizadas nas da autarquia. Uma decisão que já foi alvo de recurso.
A suspensão tem efeitos a partir de janeiro, altura em que Carla Borges deverá assumir a presidência do executivo.
Em declarações ao Jornal do Centro, o presidente da concelhia do PS, Rui Santos, diz que o Presidente da Câmara de Tondela pede a suspensão do mandato feito agora só peca por ser tardio.
“O presidente da Câmara é inocente até ser julgado, condenado e transitado em julgado no plano jurídico. Mas, no plano político, o problema é diferente e, portanto, deveria pedir a suspensão do mandato até à decisão final”, afirma.
O socialista diz que o comunicado divulgado ao final da tarde de quinta-feira por José António Jesus contém “algumas declarações que consideramos menos felizes porque parece que não sabe lidar com a crítica da opinião pública”.
“Do ponto de vista jurídico, tem todas as garantias de defesa, mas é normal que as pessoas critiquem porque, a comprovar-se, o comportamento que levou à sanção é altamente criticável. Só pecou por tardia como sempre defendemos”, acrescenta.
Rui Santos reitera que, caso a situação acontecesse com um candidato do PS, ser-lhe-ia retirada a confiança política.
“Defendemos que qualquer eleito do PS que seja acusado pelo Ministério Público por crimes cometidos no exercício das suas funções deve pedir imediatamente a suspensão do mandato porque, senão, retiramos a confiança política”, diz o presidente da concelhia de Tondela.
Noutras reações, o PSD Tondela diz que traçado para o município e no restante executivo eleito pelo partido e agradece a José António Jesus o trabalho feito como autarca.
A suspensão do mandato terá efeitos a partir de 15 de janeiro e por um período de 180 dias. No seu comunicado, José António Jesus justifica a decisão com condicionantes e pressões que dizia não aceitar no âmbito de um “desrespeito absoluto pelo princípio da presunção de inocência”.
O autarca garantiu ainda na nota que, apesar da suspensão do mandato, vai manter “a disponibilidade possível – pelo superior interesse do concelho – para cooperar com a equipa que se mantenha em exercício” e que, enquanto presidente da Câmara, deu “o melhor que sabia e podia”.
José António Jesus era presidente do município de Tondela desde 2013 e tinha sido recentemente reeleito para o cargo nas autárquicas de setembro último.