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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Os trabalhadores da Stellantis Mangualde, conhecida como a antiga PSA, foram apanhados de surpresa com o lay-off anunciado ontem (20 de abril). A empresa automóvel diz que vai entrar de novo em lay-off por causa da crise no fornecimento de semicondutores para o setor. Mas Telmo Reis, sindicalista e trabalhador da fábrica, diz que não era expectável o regresso ao lay-off na Stellantis.
Além desta decisão, a nova equipa que ia começar a trabalhar em maio na fábrica foi suspensa. O sexto turno contaria com 90 funcionários. Em declarações ao Jornal do Centro, o membro do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro Norte diz que não entende estas medidas da administração.
“Com o arranque do ano, não era nada expetável esta paragem. Arrancámos com bastante produção, não havia previsão de falta de componentes e estava previsto o arranque da sexta noite. Nada fazia prever esta falta de componentes nesta altura”, afirma.
Telmo Reis critica esta opção. O sindicalista diz que, mais uma vez, os trabalhadores da Stellantis vão pagar a crise.
“Eles vão ficar com uma bolsa de horas negativa. Para quem entra no lay-off, ainda não há certeza dos valores que vão receber, mas são sempre os mesmos a pagar e não acho justo. Os trabalhadores não têm culpa da situação”, lamenta.
Telmo Reis considera que, numa empresa com elevados lucros e em que o presidente do grupo (Carlos Tavares) “pede um aumento no salário para 19 milhões de euros”, se devia “assegurar os ordenados por inteiro, sem penalização nenhuma, para os trabalhadores”.
Já ontem, fonte da Stellantis Mangualde refere que, no primeiro trimestre deste ano, a fábrica “quase não sentiu esta crise”. “No entanto, nos últimos dias teve [que] cancelar algumas jornadas de atividade”, admite, falando de uma “situação imprevisível, uma vez que não se sabe, até à data, até quando é que a produção poderá ser impactada”.
A empresa acrescenta que a mais recente paragem ocorrida não teve qualquer impacto económico no ordenado dos funcionários, devido à utilização da bolsa de horas. Ainda assim, defende que, “para proteger a atividade e salvaguardar os postos de trabalho”, o centro de produção de Mangualde terá novamente de aderir ao lay-off tradicional, “como aconteceu em 2021”.
A unidade fabril já iniciou contactos com a comissão de trabalhadores para negociar esta medida.