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Jorge Marques
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Magda Matos
O Serviço de Urgência Básica (SUB) de Cinfães tem enfermeiros que trabalham ainda sem contrato efetivo. O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal acusa a Administração Regional de Saúde do Norte de ter negado um vínculo a três dos seis profissionais que trabalham naquela valência.
O sindicato acusa a ARS de ter enganado os enfermeiros. Segundo Nuno Couceiro, coordenador da região Centro do SINDEPOR, os profissionais, que trabalham há quatro anos no serviço, tinham “um contrato de serviços que terminava no final do ano passado, a 31 de dezembro”.
Entretanto, explica o sindicalista, o Agrupamento de Centros de Saúde do Tâmega manifestou a vontade de querer continuar a contar com a colaboração destes enfermeiros, tendo chegado a pedir documentos para celebrarem o novo contrato.
“O ACES queria que eles continuassem porque tinham carência de colegas naquela urgência e, então, combinaram que seria vantajoso para eles fazerem contrato com termo incerto se tivessem disponibilidade”, explicita.
Os enfermeiros acabaram por aceitar a proposta, “até porque seria uma forma de terem 14 meses de ordenado pago”, incluindo os subsídios de Natal e férias, “e deixariam de ter contrato a recibos verdes”.
No entanto, a proposta terá esbarrado com a oposição do conselho diretivo da ARS Norte, que, disse Nuno Couceiro, “recusou fazer esse tipo de contratos”. O sindicalista lamenta este volte-face e fala de uma situação que considera deplorável.
Aos enfermeiros que estavam à espera do contrato, foi-lhes dito que “estavam muito satisfeitos com o trabalho deles, mas que não poderiam fazer esse tipo de contratos” sem termo.
Nuno Couceiro adverte que esta situação poderá motivar a que os enfermeiros saiam da urgência de Cinfães, que já carece de profissionais.
“Neste momento, eles acabam por pensar em mudar de vida e tentar enveredar por outros caminhos, procurando emprego noutras zonas do país onde possam ser mais bem tratados e com o contrato digno que eles merecem”, alerta.
Num esclarecimento ao Jornal do Centro, a ARS Norte diz que os enfermeiros em causa continuam vinculados ao SUB de Cinfães, “no regime de contrato de prestação de serviços, que se mantém”. “De outra forma não existia justificação legal para se pagar vencimentos”, diz.
A entidade esclarece ainda que está a decorrer um concurso para a carreira de enfermagem, com 61 vagas, sendo que, diz a ARS, os profissionais de saúde em questão são candidatos aos lugares abertos.
“O mesmo concurso corre trâmites normais, aguardando-se a sua conclusão e alocação dos profissionais selecionados o mais rapidamente possível”, acrescenta a ARS.