Atualmente o custo de uma habitação é muito elevada, assim como uma…
Tilhon é nome maior na música de Viseu. No rap leva viseenses,…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Pedro Escada
por
Fábio Santos
Os vereadores do PS na Câmara de Viseu questionaram o executivo sobre os painéis solares instalados no Mercado 2 de Maio e que, dizem os socialistas, não estão a produzir energia.
Na reunião que se realizou esta quarta-feira (14 de agosto), os vereadores da oposição perguntaram à maioria PSD se estão a ser tomadas diligências para reverter a situação. Em resposta, o presidente da Câmara, Fernando Ruas, disse que “a seu tempo ela irá para algum lado”.
Já o vereador socialista Miguel Pipa argumentou que a energia “não está a ir para lado nenhum” e que não existe um plano para dinamizar o Mercado 2 de Maio.
O opositor recordou ainda que a própria Câmara descreveu a cobertura do mercado como “uma inovadora solução de produção e aproveitamento de energia elétrica que, além de permitir uma maior eficiência térmica do espaço, representa de imediato uma clara mais-valia ambiental, energética e financeira, não apenas para o projeto em causa, como também para os edifícios vizinhos de propriedade municipal – futura sede das Águas de Viseu e Paços do Concelho”.
Os socialistas acabaram por dizer que o presidente da Câmara, Fernando Ruas, foi “lacónico” neste tema, mas aos jornalistas o autarca explicou que o Mercado 2 de Maio já está a ser “alimentado” pela cobertura fotovoltaica.
“Eles estão a funcionar e já fornecem a energia para lá”, disse, acrescentando ainda que “a seu tempo” também servirá para alimentar outros edifícios municipais.
O PS também questionou a Câmara sobre o Mercado. Os vereadores disseram na reunião do executivo que o espaço poderia ser “um verdadeiro centro gastronómico”, mas que está “sem vida e pouco atrativo”. “Falta um plano estratégico, dinâmica e uma agenda de eventos para criar uma verdadeira Praça da Restauração”, afirmaram.
Fernando Ruas disse que a baixa taxa de ocupação de público no Mercado ‘devia-se’ à Feira de São Mateus.
“Deveria ser um verdadeiro centro de atração, mas verificamos que não é apelativo, não tem pessoas, muitas lojas estão ainda encerradas. Não há uma agenda de eventos, nem se vislumbra uma programação consistente que faça com que residentes e turistas ali se desloquem com regularidade”, aponta Miguel Pipa.
A requalificação do Mercado 2 de Maio foi inaugurada no final do ano passado, depois de um investimento de mais de oito milhões de euros na empreitada.
O projeto de cobertura já tinha sido alvo de polémica quando, em 2021, uma carta aberta assinada por nomes como Eduardo Souto de Moura, João Luís Carrilho da Graça, José Mateus, Nuno Sampaio, André Tavares e Francisco Keil Amaral exigiram a revogação da decisão de executar o projeto de alteração e cobertura do Mercado 2 de Maio.
Os signatários consideravam na altura que o projeto de cobertura constituía “um grave e inadmissível atentado patrimonial e urbanístico”, referindo que, “num desrespeito despudorado pelo trabalho autoral e pelo património da cidade”, o executivo camarário “ignorou os arquitetos Álvaro Siza e António Madureira, autores do projeto executado nos anos 90 do século XX”.
Aquele espaço foi inaugurado em maio de 1879 e sofreu alterações em 1914 e nas décadas de 20, 40, 70 e 90. A mais polémica ocorreu entre 2000 e 2002, quando deixou de ter a utilização de mercado municipal.
A mais recente obra no Mercado 2 de Maio contemplou a cobertura, a reabilitação de lojas e respetivos telhados e a instalação de sistema de climatização.