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Viseu vai ter uma companhia de dança jovem, com repertório próprio, intérpretes e uma equipa formada na cidade, a partir do trabalho desenvolvido na escola de dança Lugar Presente.
“É a primeira companhia de dança a nascer na cidade”, sublinhou esta quarta-feira (29 de junho) o administrador da escola Lugar Presente, Albino Moura.
Criado enquanto projeto pedagógico da Companhia Paulo Ribeiro, o Lugar Presente começou a ministrar aulas do ensino artístico especializado da dança em 2011. Tornou-se autónomo em 2018 e, atualmente, tem uma centena de alunos do ensino articulado, do 1.º ao 12.º anos de escolaridade.
A estreia da Presente – Companhia de Dança Jovem está marcada para sexta-feira (1 de julho) à noite, no Parque Aquilino Ribeiro, com a apresentação das obras “Toda a noite até ser dia” (coreografia de Filipa Francisco e música de Ana Bento e Bruno Pinto) e “E depois da Dança” (coreografia de António M. Cabrita e música de Artur Fernandes), inspiradas nas danças tradicionais da região.
Atuais alunos, ex-alunos e professores da escola interpretam estas obras no âmbito da companhia de dança jovem, que, depois da estreia, se apresentará em digressão pelos concelhos da região Dão Lafões.
“Confesso que não nos passou isto pela cabeça” quando foi criada a escola, admitiu Albino Moura, lembrando que a companhia surgiu de um desafio lançado em 2018, pelo então presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, e foi agora criada com o apoio municipal, através do Eixo Cultura.
O responsável contou que, com os primeiros alunos do secundário, surgiram as perguntas: “E, depois, o que vai acontecer a estes miúdos? Vão-se embora? Nunca mais voltam para Viseu? Uns vão para o estrangeiro, outros vão para Lisboa, uns seguem a dança, outros não seguem, nunca mais os vemos”.
Neste âmbito, a intenção foi criar em Viseu “um projeto de continuidade”, que pudesse proporcionar o início de uma carreira profissional aos jovens intérpretes.
A diretora pedagógica do Lugar Presente, Ana Cristina Pereira, sublinhou a importância de “dar uma oportunidade a estes jovens recém-formados que escasseiam no país e, essencialmente, na região”.
Pedro Gomes é um dos ex-alunos da escola Lugar Presente, que ainda está a acabar o curso superior de dança, mas agarrou já a oportunidade de integrar o primeiro elenco da companhia jovem.
Se não tivesse surgido a oportunidade de participar no projeto da nova companhia iria acabar o curso superior e “tentava arranjar alguma coisa em Lisboa”.
“Mas está muito difícil”, admitiu, acrescentando que, a partir de agora, se vai dividir entre as duas cidades.
Também para os coreógrafos esta companhia servirá como uma espécie de montra, admitiu António M. Cabrita, que dirigiu a Companhia Paulo Ribeiro durante cinco anos.
“Vir aqui trabalhar, vir observar alguns ensaios, faz com que eu tenha o contacto direto com intérpretes, com bailarinos”, afirmou, acrescentando que isso poderá levar a convites para estágios ou outros projetos de companhias profissionais.
Segundo o coreógrafo, “em Portugal, não existem estruturas que possam absorver o talento de muitos artistas que saem destas escolas”, sendo, por isso, as companhias jovens “projetos muito importantes não só para os jovens, mas também para a comunidade artística das cidades”.
Beatriz Costa, uma das finalistas da escola Lugar Presente, considerou que este projeto é muito importante para os finalistas e sublinhou os ganhos quer enquanto intérprete, quer em termos de relações interpessoais.
Os espetáculos “Toda a noite até ser dia” e “E depois da Dança” são reposições de obras criadas para os alunos finalistas de 2017 e 2018, que foram este ano remontados pelos alunos e pelas professoras da escola Francisca Mata e Matilde Barbas, respetivamente.
“Toda a noite até ser dia” levará até ao palco Bianca Teixeira, Inês Vasques, Pedro Gomes, Carolina Ferreira e Marta Cruz, enquanto “E depois da Dança” terá como intérpretes Beatriz Costa, Inês Cruz, Martim Rodrigues, Filipa Monteiro e Iara Ferreira.
Segundo Albino Moura, o repertório da nova companhia jovem inclui também obras de São Castro e de Vítor Hugo Pontes.
“Esperamos continuar a fazer este trabalho de criações novas ou de remontagem de peças já existentes”, afirmou, acrescentando que o objetivo é ter “um programa novo todos os anos” que depois circulará pela região.