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É difícil resistir a um passatempo “imperdível” no Instagram ou no Facebook. Mas, por trás de muitas ofertas, escondem-se armadilhas silenciosas: burlas, roubo de dados e custos que não aparecem no regulamento.
Participar num passatempo online tornou-se um hábito comum. É rápido, não custa nada e parece seguro. Mas o que muitos ignoram é que, muitas vezes, o verdadeiro prémio não é o smartphone oferecido, mas os dados de quem participa. Nome, contacto, endereço de e-mail: tudo pode alimentar bases de dados usadas para campanhas de marketing agressivo ou, em casos mais graves, esquemas de phishing.
A criação de perfis falsos em nome de marcas conhecidas é uma técnica cada vez mais frequente. O truque é simples: os burlões copiam logótipos, imagens e até textos oficiais, tornando-se difícil perceber o que é verdadeiro e o que não é. Muitos só se apercebem do engano depois de verem o número de mensagens de spam aumentar. Ou, pior ainda, depois de partilharem os seus dados bancários.
Uma pesquisa rápida mostra que a maior parte destes esquemas começa da mesma forma: uma conta duvidosa anuncia um prémio tentador, pedindo ações simples, como partilhar uma publicação, identificar amigos ou preencher um formulário. Mas o que parece um jogo inofensivo pode acabar num ataque direto à privacidade.
De tempos a tempos, surgem relatos de pessoas que são pressionadas a pagar custos de envio para receberem prémios. Quem recusa perde o suposto prémio, mas quem paga dificilmente vê o objeto prometido. E o dinheiro, esse, desaparece para sempre.
De acordo com o NE PA Credit Union, deve-se desconfiar de qualquer passatempo que peça dados bancários ou pagamentos adiantados. As marcas legítimas não cobram portes de envio para enviar prémios publicitários, como é evidente.
Outro pormenor que passa despercebido: muitos passatempos servem para recolher dados que são vendidos a terceiros. Não há crime direto, mas invasão de privacidade, que leva a caixas de email cheias de mensagens indesejadas, chamadas insistentes de números desconhecidos e até tentativas de burla mais sofisticadas.
É aqui que entra a segurança digital. Para quem tem o hábito de participar em passatempos, navegar protegido é meio-caminho andado para evitar dissabores. Nesse contexto, um servidor VPN funciona como uma muralha invisível: encripta a ligação à internet, evita que hackers tenham acesso aos dados e faz com que seja mais difícil seguir o rasto digital do utilizador.
Numa altura em que é comum concorrer a passatempos enquanto se usa o wi-fi público, em cafés, aeroportos ou centros comerciais, é importante contar com esta camada extra de proteção. A melhor VPN mascara os endereços IP e impede que terceiros recolham dados de navegação.
Seja qual for o alegado prémio, o importante é não arriscar pagar com a própria segurança. No mundo digital, os dados pessoais valem ouro, e protegê-los devia ser uma regra básica.
Antes de participar num passatempo, leia todas as letras miudinhas. Verifique a página oficial, procure os contactos da marca e evite transmitir informações pessoais desnecessárias. Se algo lhe parecer duvidoso, confie no seu instinto e não morda o isco.
Os passatempos podem ser uma forma divertida de interagir com marcas, mas só compensa quando a privacidade não fica pelo caminho. Entre um telemóvel novo e a tranquilidade digital, o melhor prémio continua a ser a segurança.