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A Refood, um projeto social que pretende combater a fome e ao mesmo tempo o desperdício alimentar, chegou a Viseu há precisamente um ano. A primeira família foi a ajudada a 5 de março de 2021. De lá para cá, o número de beneficiários foi aumentando. São nesta altura 110 as pessoas apoiadas pelo movimento.
“Nós de 76 beneficiários [há meio ano] passamos para 110. Eramos 73 voluntários, agora somos 106. Temos 40 parceiros. Das 9 mil refeições estimadas passamos para 13 mil refeições, o que corresponde para 650 quilos de bio resíduos que foram evitados neste ano de 2020/2021”, revelou Cláudia Columbano, Gestora do Núcleo de Viseu da Refood, na cerimónia que marcou o primeiro aniversário do projeto social e que serviu ainda para inaugurar o Centro de Operações movimento na cidade, que foi instalado em instalações cedidas pela Santa Casa da Misericórdia.
O ano de 2022, acrescentou a responsável, arrancou “em grande”. Com o objetivo de ajudar mais do que as 44 que são apoiadas atualmente, e respondendo às solicitações dos parceiros que doam os alimentos para os mais carenciados, o movimento começou a trabalhar também ao fim de semana.
“Em janeiro arrancamos com um turno ao domingo, começamos a fazer recolhas aos fins de semana porque as fontes de alimentos nos diziam que não queriam deitar a comida para o lixo”, justificou Cláudia Columbano.
A Santa Casa da Misericórdia de Viseu é parceira desde a primeira hora. Na sessão comemorativa o provedor da instituição, Adelino Costa, aplaudiu o trabalho da Refood e alertou que com a pandemia e agora com a guerra no leste europeu mais famílias irão precisar de apoio alimentar.
“Depois desta pandemia e com esta guerra incompreensível ficamos com a sensação que vai haver mais dificuldades, todos vamos sofrer em termos de custos e quando assim é aqueles que são mais pobres vão ter menos condições para viver”, afirmou, acrescentando que com o escalar dos preços dos combustíveis e de outros bens de primeira necessidade os mais desfavorecidos vão sofrer ainda mais.
“Se calhar a juntar aqueles que a Refoof já ajuda vão-se juntar outros porque não sabemos o tempo que vai demorar esta situação de confronto e de aumento de preços. O papel da Refood vai ser mais importante”, defendeu.
Já o vereador com o pelouro da educação na Câmara de Viseu, Pedro Ribeiro, anunciou que a Escola Secundária Alves Martins vai juntar-se em breve ao movimento cedendo os desperdícios alimentares da cantina, como já fazem as Secundárias Viriato e Emídio Navarro.
A autarquia pretende ainda “lançar uma campanha de angariação de voluntários nas escolas”.
“Com a nossa interlocução e com aos diretores dos Agrupamentos e das Secundárias poderemos chegar a uma ajuda maior ao nível dos humanos que podem fazer parte dos voluntários”, declarou.