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Centro de artes de Viseu com escolas agregadas para rentabilizar investimento

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 Centro de artes de Viseu com escolas agregadas para rentabilizar investimento - Jornal do Centro
22.06.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Centro de artes de Viseu com escolas agregadas para rentabilizar investimento - Jornal do Centro
22.06.24
Fotografia: Jornal do Centro
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 Centro de artes de Viseu com escolas agregadas para rentabilizar investimento - Jornal do Centro

O futuro centro de artes de Viseu deveria ter escolas de música, dança ou outras artes performativas acopladas para assim rentabilizar recursos e espaços. A ideia foi defendida no debate “Viseu – Artes e Cultura, eixo central para uma estratégia de desenvolvimento” que reuniu em Viseu agentes culturais e educadores e que deixou a certeza de que a cultura tem desempenhado um papel de atração e fixação de pessoas e de jovens criativos. “A minha solução seria acoplar ao centro de artes uma escola de artes e, desta forma rentabilizar recursos e ter um equipamento ao serviço do público”, defendeu José Fernandes, do Centro de Artes do Espectáculo de Viseu, durante o debate onde se discutia que salas de espetáculos são necessárias em Viseu, tendo em conta a programação e o público. Para o dirigente, este deveria ser uma prioridade do município. No novo equipamento poderia funcionar a escola de música do Conservatório que já está a ficar sem espaço ou a de dança do Lugar Presente, exemplificou.

O projeto para o centro de artes de Viseu é um “sonho” antigo de Fernando Ruas. O autarca queria avançar com o equipamento antes de ter deixado a autarquia em 2013, mas a recusa do Tribunal de Contas “travou” a pretensão. De regresso ao município, Fernando Ruas voltou a pegar na ideia e o projeto foi remodelado e atualizado, no valor de 600 mil euros. Segundo o autarca, o centro de artes, a ser construído junto ao Tribunal Judicial na Avenida da Europa, não será apenas uma sala de espetáculos. “Queremos uma estrutura polivalente para ter vida durante todo o ano”, anunciou, voltando a frisar que esta será a obra do mandato.

Mas a atualização não prevê a criação das escolas. Ao que foi possível perceber, para que estas valências fossem introduzidas, seria necessário rasgar o anterior projeto e começar tudo de novo. O centro de artes terá 1.500 lugares, metade dos quais num auditório ao ar livre. Segundo Fernando Ruas, “vai preencher uma lacuna”, lembrando que Viseu tem renunciado a acolher “espetáculos de maior exigência” para os quais nem o Teatro Viriato, nem o pavilhão Multiusos reúnem condições. “Uma escola de artes permitiria uma infinidade de atividades e até de outros financiamentos”, ressalvaram os presentes para quem a questão, como corporificou Miguel Torres, da ADICES, “não é saber se há ou não uma grande sala de espetáculos, mas antes saber qual a política pública cultural de determinada autarquia”. Sobre o centro de artes, e para os participantes neste debate, a única solução, agora, é “pressionar para que o centro tenha escola de artes”.

O centro de artes chegou ao debate numa altura em que os participantes discutiam a necessidade de Viseu ter ou não mais salas de espetáculos e como evitar tornarem-se “elefantes brancos”.

José Carlos Sousa, diretor artístico do Conservatório de Viseu, lamentou que a cidade não tenha um espaço onde, por exemplo, possa receber uma grande orquestra. “O próprio Teatro Viriato tem de fazer programação para a sala que tem”, referiu. Na sua opinião, “há necessidade de Viseu repensar os espaços físicos porque eles são parcos e as associações acabam por ter de fazer criações para os espaços que têm”, acrescentou.

Já Júlia Alves, presidente da direção do Centro de Artes do Espetáculo de Viseu – Associação Cultural, deixou a chamada de atenção para o investimento que é preciso fazer quer na manutenção, quer na programação de uma sala que não podem apenas ser pensadas de ânimo leve. “É preciso ter cuidado com os elefantes brancos, quem tem de gerir, que equipas há, que investimento. Nem sempre é fácil haver formas de financiamento que garantam programação, equipas humanas, manutenção da própria sala, etc…”, salientou.

Nesta sessão, em que participaram cerca de três dezenas de pessoas e que está integrada na iniciativa “Largo da Sé” promovida pela PROVISEU participaram os oradores José Carlos Sousa, diretor pedagógico do Conservatório, e Miguel Torres, coordenador da ADICES e presidente da Federação Minha Terra, organismo que congrega os grupos de ação local existentes no País.

Numa análise “swot” (pontos fracos e fortes) à cultura em Viseu, a opinião foi unânime em identificar como aspetos fortes a diversidade e a qualidade das associações e dos agentes culturais e os espaços ou a falta deles com determinadas características como pontos fracos.

No decurso da reunião foram enunciados vários aspetos relacionados com o trabalho desempenhado pelas organizações que se dedicam a este setor de atividade, em Viseu, nomeadamente no que respeita à produção e organização de espetáculos, à formação mas também à promoção e comunicação de eventos.

Foram igualmente assinalados os contributos deste importante setor de atividade para outros setores, nomeadamente do turismo. Além disso, foi ainda assinalado, por um lado, a existência de políticas públicas locais de apoio ao desenvolvimento destas atividades que tornam possível a realização de ações como o festival Internacional de Música da Primavera, Outono Quente, Que Jazz é Este ou Jardins Efémeros, assim como espetáculos de teatro, etc. mas, por outro lado, não deixam de existir dificuldades, umas vezes decorrentes de insuficiências de infraestruturas como já referido, ou equipamentos e, outras vezes, em resultado de falta de eficácia de comunicação aos públicos ou da existência de uma cultura de mecenato em relação às atividades culturais que é preciso promover cada vez mais.

Quer os oradores, quer os participantes durante o debate realçaram, ainda, o papel importante da cultura e das artes enquanto instrumento ao serviço do bem estar das populações, objetivo de qualquer processo de desenvolvimento que, por definição, deverá desenrolar-se da base para o topo, deverá começar na participação das nossas comunidades locais desde a identificação das necessidades, desde as mais básicas, até própria produção, inclusive nos domínios das artes e da cultura.

“Não acredito em processos de desenvolvimento desenhados de cima para baixo. Acredito que tudo tem de ser desenhado em conjunto com a comunidade. A arte e a cultura não é um fim. É, antes, uma ferramenta”, frisou Miguel Torres, que também está ligado à ACERT (Tondela). Para o dirigente, a “democracia participativa é um processo essencial de desenvolvimento. O público não tem de ser meramente espetador, tem de estar na construção das políticas públicas, tem de ser também ator”, sustentou.

Durante a sessão, foi assinalada a importância de que se reveste a existência de um número assinalável de organizações e de eventos relacionados com as artes e a cultura mas, por outro lado, isto implica que seja possível trabalhar em rede, trabalhar uns com os outros. Este trabalho em cooperação é fundamental para que a sua ação se torne eficaz quanto à realização das iniciativas, fundamentais para a formação dos públicos e que complementam o papel da educação, o papel das escolas na formação dos jovens para as artes e a cultura, nos termos e que é feito no âmbito do plano nacional das artes, como foi assinalado por Paula Soares.

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