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Home » Notícias » Concelho » Viseu » Cáritas de Viseu promove diálogo internacional sobre inclusão da comunidade cigana

Cáritas de Viseu promove diálogo internacional sobre inclusão da comunidade cigana

Representantes da Cáritas de vários países estiveram na feira semanal de Viseu. Visitaram ainda o Bairro da Balsa, São João de Lourosa e o Bairro de Paradinha

 Cáritas de Viseu promove diálogo internacional sobre inclusão da comunidade cigana - Jornal do Centro
09.10.24
fotografia: Jornal do Centro
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 Cáritas de Viseu promove diálogo internacional sobre inclusão da comunidade cigana - Jornal do Centro
09.10.24
Fotografia: Jornal do Centro
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 Cáritas de Viseu promove diálogo internacional sobre inclusão da comunidade cigana - Jornal do Centro

A Cáritas Diocesana de Viseu, recebeu esta terça-feira (8 de outubro) entidades da Cáritas de outros países para perceber de que forma trabalham no apoio e inclusão da etnia cigana. No Centro Pascoal de Viseu, representantes da Cáritas da Bélgica, Sérvia, Portugal, Hungria e República Checa reuniram-se numa sessão de partilha de práticas e experiências. Esta iniciativa faz parte de um projeto europeu iniciado no ano passado, que começou com uma visita à República Checa.

Durante o encontro, discutiram-se as dificuldades enfrentadas pela comunidade cigana, como a saúde, a educação, a habitação e o desemprego, problemas comuns em vários países. Na República Checa, por exemplo, “mesmo que consigam trabalho, os salários são muito baixos”, o que dificulta o sustento das famílias. Na Macedónia, a falta de documentos torna muitos membros da comunidade invisíveis aos olhos do Estado. Em Portugal, “embora haja discriminação, o governo está mais atento a estas questões e há uma colaboração mais sólida com a Cáritas”.

No início da manhã, todos os representantes reuniram para a partilha de experiências e conhecimentos de modo a melhorar o serviço que desempenham. A iniciativa, chamada “Comunidade de Partilha”, é financiada a nível europeu e visa promover a troca de experiências entre as Cáritas de diferentes países. Nem todos os países europeus fazem parte deste projeto, e há alguns, mesmo dentro da União Europeia, que ainda não estabeleceram estas parcerias.

Cada país enfrenta os seus desafios. Na República Checa, as Cáritas tentam mediar com o governo, mas os resultados são limitados. Na Hungria, onde o governo de direita mantém uma relação com as organizações de apoio, há um financiamento específico para a igualdade que também apoia a comunidade cigana. Na Sérvia, que não pertence à União Europeia, as organizações locais dependem do apoio de Cáritas maiores, como a da Áustria e da Alemanha.

Países como a Macedónia falam que uma das maiores dificuldades que encontram perante a comunidade, passa pela falta de documentos e dificuldade em obtê-los. Muitas crianças que apoiam não estavam registadas. Na Bélgica, o trabalho da Cáritas inclui ajudar crianças ciganas a obter certidões de nascimento e acesso à educação, um desafio devido à vida nómada destas famílias.

De seguida, foi realizada uma visita à feira semanal de Viseu, “para poderem ver onde está presente aquilo que é a própria integração da comunidade cigana na atividade comercial. Muitos dos nossos ciganos, a maior fonte de rendimento é através das feiras”, explica o presidente da Cáritas Diocesana de Viseu, Felisberto Figueiredo.

Para que a mensagem pudesse ser passada de forma nua e crua, durante a tarde foi realizada uma visita ao Bairro da Balsa, a São João de Lourosa e ao Bairro de Paradinha.

Felisberto Figueiredo, admite que as visitas realizadas no ano anterior à República Checa, permitiram perceber que em Portugal a comunidade cigana sofre de discriminação e revelou que “há países onde é mesmo escandaloso, colocam a comunidade cigana num espaço completamente isolado do resto da cidade, com espaços até vedados”. 

A guerra na Ucrânia foi algo que contribuiu indiretamente para a discriminação da etnia, dado que “há muitas pessoas que vieram da Ucrânia para países da Europa Central e o que acontece é que, sendo ciganos, nem se integram com a comunidade cigana desses países para os quais vão, nem estão bem na Ucrânia, então vivem uma situação de dupla desgraça”, conta a representante da Hungria. 

Uma das preocupações partilhadas na reunião pelos visitantes não se regista em Portugal, onde entidades como o Estado e a Igreja apoiam a Cáritas, já que “na maioria dos países representados, o Estado não financia a Cáritas, ao contrário do que acontece aqui, que muitas coisas que fazemos são financiadas pelo Estado. Ao contrário de Portugal não recebem o apoio do Estado e da Igreja”. Para sobreviver, a Cáritas da Bélgica, por exemplo, “recebe apoios de cáritas de outros países que têm mais posses e fazem bastantes campanhas”. 

“É uma iniciativa a nível europeu, que a Cáritas portuguesa se associou, apresentando Viseu e Setúbal como as entidades que estão a trabalhar com a comunidade cigana e a partilhar experiências daquilo que se faz em Portugal”, afirma Felisberto Figueiredo, presidente da Cáritas Diocesana de Viseu

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