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Home » Notícias » Cultura » “Com este livro paguei uma dívida ao tempo”

“Com este livro paguei uma dívida ao tempo”

Está lançado um novo livro de Jorge Marques. Aqui não há relógios, antes um tributo ao tempo. E um apelo ao desfrutar e ao saborear a passagem do tempo. Autor assume que continua a escrever para conversar consigo mesmo e aprender

Carlos Eduardo Esteves
 “Com este livro paguei uma dívida ao tempo” - Jornal do Centro
22.12.24
fotografia: Jornal do Centro
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 “Com este livro paguei uma dívida ao tempo” - Jornal do Centro
22.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
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jorge marques “Com este livro paguei uma dívida ao tempo” - Jornal do Centro

De que é que tem pressa?
Deixei de ter pressa. A minha vida profissional tomou o rumo de sair das empresas e avançar para projetos com princípio, meio e fim, com intervalos mais ou menos longos. O tempo foi gerido de outra maneira. Eu trabalhei até aos cinquenta anos na área dos recursos humanos. Exigia perceber a forma como as empresas estavam organizadas, as pessoas e as lideranças.

Aos cinquenta decide abrandar…
Decidi mudar de rumo e este livro é o pagar de uma dívida ao tempo. Eu não tinha tempo, não conseguia gerir o tempo. Não tinha tempo para mim, nem para a minha família. Nesta transição entre trabalhar dentro e fora das empresas, comecei a ter o meu tempo. E foi aí que, num seminário no Brasil, descobri que tinha talento para a escrita. Uma das fases desse seminário era andarmos a passear e analisarmos os nossos pontos fortes e fracos. Os pontos fracos é fácil porque toda a gente nos chama a atenção.

Quais são os seus pontos fracos?
Desligar-me um pouco. Talvez seja um pouco egoísta.

E a principal qualidade?
É o contrário do egoísmo. Tenho os dois extremos. Tanto me fecho muito como me dou totalmente. A pessoas e a projetos.

Hoje o que é que significa o relógio para si?
Pouco, muito pouco. Mas significou muito. Tudo. Eu era – e ainda sou – incapaz de chegar atrasado. Tinha compromisso com a hora e com o outro.

O tema da morte está muito presente neste livro. É um assunto que o atormenta ou que o desafia?
Acentuei muito o tema da morte precisamente para aliviar esta ideia da morte. Viver com medo da morte não é viver. Temos de conseguir deixar de ter medo da morte para podermos viver bem. Vivemos numa cultura judaico-cristã que atribui à morte o fim. Os incas, os maias e os astecas associavam sempre a morte a um ciclo. Como a natureza também é circular. O sol, também.

Também aborda em “Um Tempo sem Pressa” a leitura de mãos…
Eu tinha um grande amigo em Mafra, o homem que levou o Saramago quando ele escreveu o Memorial do Convento. Conheci-o e ficámos muito amigos, era o José Medeiros. Ainda é vivo. E tem livros escrito sobre a leitura de mãos. Revi-me bastante. Houve coisas que passaram e que confirmei, outras no futuro confirmar-se-ão ou não. E agora tenho visto no Facebook a história do M na palma da mão. Significa pessoas mais abertas a estas coisas mais exotéricas e espirituais. E eu sou bastante espiritualista. Ainda me lembro de passar o meu tempo livre num convento. Só por causa do silêncio.

Sem nunca, entre aspas, se ter fidelizado a nenhuma religião?
Não, eu sou de todas. Quando alguém me diz que sou ateu, respondo que sou o contrário. Sou de todas porque todas têm algo de bom e de ensinamento.

Quem é o grande protagonista deste livro?
O tempo é um dos protagonistas. O outro é a natureza, a grande escola da natureza. A forma como a olham, a tratam e a procuram para encontrar respostas.

Qual é a grande razão de continuar a escrever?
Eu preciso de conversar comigo e de aprender. Há coias sobre as quais nunca pensei e gostava. Com a escrita de um livro, tenho de pensar, de refletir, de pesquisar. É uma forma de aprender.

O livro termina com esta frase: “Dá-me um abraço sentido”. Já abraçou o tempo e fez as pazes com ele?
Já. (risos). Agora vejo-o de forma completamente diferente. Sem pressa. O tempo quando estamos parados e quando andamos são completamente diferentes. Se está parado, anda mais depressa, movimentando-se anda mais devagar. Alguém que se movimenta, tem menos anos, rejuvenesce mais. Da mesma forma que alguém que vive no vale, o tempo demora mais a passar, na montanha, menos. Vale a pena explorar as questões do tempo e este livro ajuda a isso.

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 “Com este livro paguei uma dívida ao tempo” - Jornal do Centro

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